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SAÚDE

Sopro no coração: quando é necessário acompanhamento médico

As doenças no coração costumam causar bastante preocupação nos pacientes, seus familiares e amigos. Não é para menos, esse é um dos..

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Publicado: 25/03/2020 às 17h38min


As doenças no coração costumam causar bastante preocupação nos pacientes, seus familiares e amigos. Não é para menos, esse é um dos órgãos mais importantes para a manutenção na vida.

Entre as cardiopatias, temos o sopro no coração. Na maioria das vezes é inocente. Em alguns casos, requer um acompanhamento rigoroso e até mesmo intervenção cirúrgica.

Este artigo traz informações sobre o que é o sopro, suas causas, sintomas e riscos, relacionando os possíveis tratamentos e as consequências da ausência de acompanhamento cardiológico especializado.

O que é sopro no coração?

Com uma série de mecanismos engenhosos, o coração é o motor do sistema cardiovascular que permite que o oxigênio e os nutrientes fluam por meio do sangue para todas as células do corpo.

Nesta complexa estrutura, há quatro válvulas (duas de entrada do sangue e duas de saída) que têm a função de garantir que o fluxo sanguíneo siga nas direções corretas. Essas válvulas se abrem e se fecham de forma ritmada e sincronizada com os batimentos cardíacos.

O sopro ocorre quando uma dessas válvulas tem o orifício para a passagem do sangue menor que o normal. Isso faz com o que o coração produza um som similar ao sopro do vento.

Causas e graus

O sopro pode ter três causas: condição congênita, resultado da degeneração da válvula com o avanço da idade do paciente e sequela de infarto.

A medicina classificou 6 graus de sopro cardíaco de acordo com a intensidade do problema.

No grau 1, o sopro é bem fraco e o som mal pode ser ouvido com a ajuda do estetoscópio. Já no grau seis, o som é tão alto que pode ser escutado com o ouvido encostado no peito do paciente, sem a ajuda do aparelho.

O sopro não é uma condição rara. Cerca de 45% dos bebês nascem com esse pequeno defeito em uma das válvulas. No entanto, na maioria dos casos, durante o crescimento da criança, a válvula se desenvolve corretamente e problema desaparece.

Dependendo do grau, o sopro pode ser inofensivo para a saúde ou representar um risco mais grave para a saúde cardiovascular.

Sintomas

O sopro no coração passa a ser uma condição mais perigosa quando acompanhado de outros sintomas, além do ruído produzido durante a passagem do sangue pela válvula. São eles:

  • Dificuldade de crescimento (em crianças);
  • Lábios e pontas dos dedos com coloração azulada;
  • Dificuldade na respiração (falta de ar) e tosse crônica;
  • Inchaços no corpo;
  • Ganho de peso repentino;
  • Fígado inchado;
  • Veias do pescoço aumentadas;
  • Dores no peito;
  • Tonturas e desmaios;
  • Sudorese intensa.

Diagnóstico

Um pediatra ou o clínico geral podem detectar o problema, mas o acompanhamento e o tratamento devem ser conduzidos por um cardiologista.

De posse de informações sobre o histórico familiar, sintomas e doenças anteriores, como febre reumática, o médico fará uma avaliação inicial.

Para um diagnóstico preciso, são indicados quatro tipos de exames: ecocardiograma, eletrocardiograma, radiografia do tórax e cateterismo.

Tratamentos

Dependendo da gravidade e intensidade do sopro, o médico cardiologista pode indicar tratamento por meio de remédios ou de cirurgia.

Existem várias substâncias medicamentosas que ajudam a facilitar passagem do sangue pela válvula.

A digoxina, por exemplo, ajuda o coração a bater com mais força dando maior intensidade ao fluxo sanguíneo.

Já os betabloqueadores e diuréticos ajudam a baixar a pressão arterial, que se for alta é um fator de complicação. O colesterol alto também é uma condição de risco para quem tem sopro, então neste caso são utilizados medicamentos à base de estatinas.

Em casos em que o sopro pode ser fator de risco de morte e o paciente não responder bem aos tratamentos medicamentosos, cirurgia é a solução.

O tipo de cirurgia para cada caso é bastante discutido entre o médico e o cirurgião cardiologista. O procedimento pode ser feito com a abertura do tórax para correção ou substituição da válvula defeituosa ou com a ajuda de um cateter (cateterismo cardíaco).

 

Prevenção

Não há como prevenir o sopro cardíaco congênito. Alguns cuidados podem prevenir o sopro adquirido: praticar regularmente de exercícios físicos, manter uma alimentação saudável e equilibrada, evitar o tabagismo, álcool em excesso e o uso de outras drogas.

A prática de check up cardiológico periódico é uma das formas mais seguras de detectar doenças cardíacas e tratá-las a tempo. Especialistas como os que integram a equipe da Rede D’Or São Luiz estão prontos para orientar e tratar quem recebeu o diagnóstico.



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