Porto Velho/RO, 20 Março 2024 22:10:27

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 23/09/2020 às 08h00min

A- A+

Surpresa o Greenpeace poupar o governo brasileiro das habituais acusações

Boicotar o boicote A imprensa mundial publicou com estardalhaço que ativistas do Greenpeace escalaram o telhado do prédio da Comissão..

Boicotar o boicote

A imprensa mundial publicou com estardalhaço que ativistas do Greenpeace escalaram o telhado do prédio da Comissão Europeia, em Bruxelas, e desenrolaram uma bandeira “colossal”, de 40 metros, com as palavras “Incêndios na Amazônia” e “A Europa é culpada” sobre imagens de fogo e fumaça na floresta.

Foi uma surpresa o Greenpeace poupar o governo brasileiro das habituais acusações de relaxo, conivência com o crime e prevaricação, apontando desta vez o dedo flamejante da acusação sobre a própria União Europeia, que o movimento entende como cúmplice da tragédia ambiental e climática.

Haverá no Brasil quem simpatize com os dizeres da imensa faixa. Poupando o presidente Jair Bolsonaro, supõe que a culpa da Europa é não destinar ao Brasil os recursos necessários para proteger melhor a floresta e mantê-la em pé para muitos ganharem e não apenas os contraventores e criminosos.

No entanto, a intenção é propor o boicote aos produtos brasileiros. O Greenpeace se refere a produtos advindos do desmatamento – nada além de uma porção diminuta de soja e carne –, mas o boicote a uma nação mete todos os seus produtos no mesmo balaio, o que não é justo nem sensato. Seria preciso mostrar ao mundo uma bandeira ainda mais “colossal” afirmando que a Amazônia é a salvação da humanidade e que boicotar o Brasil só prejudica seu povo inocente.

…………………………………………………….

Gostinho amargo

O Ministério dos Transportes já decidiu sobre a privatização da rodovia Marechal Rondon, que liga Cuiabá a Porto Velho, numa com quase 1.500 quilômetros. Pela extensão, comparada ao que rola nos outros estados, teremos pelo menos 10 pontos de pedágios entre as duas capitais e o gostinho amargo de pagar a conta já pode acontecer no ano que vem. No Paraná, a privatização só deu confusão por conta de propinas, tarifas elevadas, com processos atingindo até o então govenador Beto Richa que acabou com sua reputação arruinada.

Formando bases

Já com vistas a 2022, o senador Marcos Rogério está ampliando a organização partidária lançando candidaturas próprias em 16 municípios do estado e com cerca de 300 postulantes a vereança nos 52 municípios. Na capital o partido não terá candidatura própria, se unindo ao projeto de eleição do atual prefeito Hildon Chaves (PSDB), operação que conta com um certo risco futuro porque é avalizada pelo ex-senador escorpião, sempre com o punhal da traição bem afiado!

Aliança 2022

Tão festejada em Porto Velho, a Aliança liderada pelo triunvirato PSDB/DEM/PSD sustentando a candidatura do projeto de reeleição do prefeito Hildon Chaves é poderosa e já projeta um acordo para 2022 com Expedito Junior ao Senado e Marcos Rogério ao governo. Uma aliança que pode se desfazer com Hildon Chaves ganhando o pleito e criando asas para disputar o governo. Perdendo, será um predador a Câmara dos Deputados para os aliados Mariana Carvalho e Expedito Neto. Não querendo voduzar a ninguém…

Grandes vexames

Com tantos candidatos a prefeitura de Porto Velho da estatura política semelhantes aos inspetores de quarteirão, teremos votações vexaminosas neste primeiro turno. Primeiramente porque a maioria dos candidatos lançados não tem bases firmes, em segundo plano porque na reta final do pleito o eleitor oposicionista vai escolher o melhor postulante em condições de enfrentar o prefeito Hildon Chaves, evento que se conhece como voto útil e muito praticado na capital rondoniense. Neste contexto pelo menos oito candidatos caminham para vexames e disputando a lanterninha.

Poder feminino

Conforme alguns videntes – lembrando que os bruxos rondonienses só dão bola fora, mas este aqui citado é capixaba – este é o ano das mulheres na política. Em algumas capitais temos até cinco ou seis candidatas, aumentando a possibilidade desta profecia dar certo. Em Porto Velho, só temos uma candidata e não é favorita, mas em Cacoal existe favoritismo com a atual prefeita Glaucioni Nery em Vilhena com Rosani Donadon (PSC). Zebra mesmo seria a vitória da candidata petista em Jipa, cidade tradicionalmente conservadora.

Via Direta

*** Em Porto Velho, a cidade das surpresas, ainda não dá nesta largada para prospectar eventuais zebras na temporada na eleição de novembro. Mas elas existem na capital, não aparecem nas pesquisas e só despontam nos últimos dias de campanha *** Por falar em pesquisas nenhum instituto – pilantra ou não – veiculou sondagens eleitoral registrada no TRE ***Não querendo azarar ninguém, só lembrando: Grandes alianças também trazem consigo grandes rejeições. Nestes casos, grandes favoritos podem levar pau *** Alguns casos de coalizões que deram xabu: a aliança na capital de Carlinhos com Mauro Nazif, a coligação Rondônia com Fé ao governo (aquela de Chiquilito), etc *** Trocando de saco para mala: Caro leitor, diga não ao candidato do pó na eleição de novembro.


Deixe o seu comentário

sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

Arquivos de colunas