Após uma semana do caso da grávida Luciene Gomes de 35 anos morrer no Hospital de Base Ary Pinheiro, em Porto Velho, depois dos médicos se negarem a fazer o parte através de Cesariana, a equipe de atendimento médico apresentou o relatório do atendimento realizado no último dia (01).
De acordo com a Coordenadora da Maternidade Márcia Meira do Centro Obstétrico do Hospital de Base a paciente chegou encaminhanda ao Centro pela Maternidade Municipal Mãe Esperança no último dia (30) devido seu quadro clínico de asma, doença respiratória crônica. Segundo Mácia, a paciente não estava com acompanhante em razão da família não apresentar nenhuma pessoa para acompanhá-la.
Márcia destacou que no final da manhã do dia (01) a grávida de 34 semanas (sete meses)estava alterada e insistiu que estava em trabalho de parto mesmo com a negação dos médicos. Logo após foi realizado um atendimento pelo psiquatra e confirmado um surto psicótico na paciente.
Dentro do Hospital Luciene enviou áudios por WhatsApp pedindo socorro aos amigos antes de morrer.
Segundo a Coordenadora da Maternidade devido a ingestão de água a paciente teve uma parada cardiorrespiratória, uma interrupção da circulação sanguínea, decorrente da suspensão súbita e inesperada dos batimentos cardíacos. Encaminhada a sala de cirurgia a equipe conseguiu salvar apenas a vida do bebê. “Tudo o que a equipe podia oferecer foi feito”, destacou Márcia.
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), confirmou que o recém-nascido está internado na UTI neonatal respondendo bem aos tratamentos e não corre risco.
No dia (5) o Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero) divulgou uma nota informando que abriu processo ético profissional para apurar o caso da morte da parturiente ocorrida na última semana em Porto Velho.
A Sesau informa que junto com a direção do Hospital de Base abriu uma sindicância e está apurando o caso ocorrido na maternidade da unidade hospitalar e esclarece que também já acionou o comitê de mortalidade materna que tem como objetivo identificar os óbitos maternos, neonatais e infantis ocorridos no Estado. Toda assistência está sendo prestada ao recém-nascido.
No sábado 10/08 às 10h acontecerá em frente ao Hospital de Base em Porto Velho um ato contra a violência obstétrica e em prol da vida.
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