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Diário da Amazônia

SUS: capixabas tem direito a tratamento para doença renal crônica

Pacientes que sofrem com o problema tem direito a tratamentos e medicamentos na Rede Estadual

Por Folha da Vitória
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Publicado: 13/03/2019 às 10h41min

Folha Vitória

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), há 850 milhões de pessoas no mundo com algum tipo de doença renal. No Espírito Santo, um levantamento realizado em 2018 pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), contabilizou 2.300 capixabas que fazem diálise devido à Doença Renal Crônica (DRC), uma das formas de doenças renais mais comuns entre os brasileiros e que causa a insuficiência dos rins.

No Espírito Santo são ofertados 18 serviços de Terapia Renal Substitutiva para o tratamento daqueles que sofrem da patologia. Os serviços, segundo o médico referência técnica em nefrologia da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Rodrigo Klein, são privados, filantrópicos e possuem contratos com a Secretária de Estado da Saúde.

“Dos 2.300 capixabas em diálise, 83% são reembolsados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para os pacientes com estágios pré-dialíticos de DRC, o SUS oferece tratamento clínico conservador com remédios, modificações na dieta e estilo de vida. Aos pacientes com Doença Renal em Fase Terminal (DRFT), o último estágio de evolução da DRC, quando geralmente é necessário algum tipo de terapia renal substitutiva, são ofertados a hemodiálise, a diálise peritoneal e o transplante renal”, informa.

Medicamentos

Nas Farmácias Cidadãs de todo o Estado são disponibilizados 17 medicamentos, todos de alto custo e boa parte indisponível em farmácias comuns, para o controle das complicações relacionadas à DRC, como anemia, ferropenia e doença óssea, por exemplo. Em 2018, foram registrados 622 pacientes ativos com doenças renais no cadastro nas 10 unidades de Farmácias Cidadãs.

Leonara Araújo faz retirada de ao menos cinco medicamentos mensalmente na Farmácia Cidadã Estadual de Vitória. “Eu lembro a data da minha primeira retirada, 17 de março de 2014. A farmácia é um bem maior para nós, pacientes. E as medicações são de alto custo, muitos não teriam como arcar”, diz.

Segundo Gabrieli Freitas, gerente de Assistência Farmacêutica da Sesa, o tratamento para o paciente renal crônico é complexo e requer acompanhamento contínuo, rigoroso e com equipe multidisciplinar: “Através das Farmácias Cidadãs Estaduais, os pacientes com esta patologia não só conseguem acesso a medicações de alto custo, mas também são acompanhados pelos farmacêuticos. Desta forma, é possível orientar e tirar as dúvidas frequentes dos pacientes, melhorando a eficiência do tratamento e estimulando-os a praticarem o autocuidado”, orienta.



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