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Cidades

Telejornalismo desprezado por Bolsonaro terá um 2019 difícil

O novo presidente ignora a grande mídia ao usar as redes sociais como principal meio de comunicação com o povo

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Publicado: 26/12/2018 às 08h53min

Jair Bolsonaro vai levar para a Presidência a mesma tática utilizada em sua bem-sucedida campanha eleitoral: fazer das redes sociais o seu megafone.

O próximo ocupante do Palácio do Planalto elegeu o Twitter como principal plataforma para se comunicar diretamente com a população. Lá, possui 2,7 milhões de seguidores. No Facebook, 9 milhões.

O alcance se multiplica com os milhares de retuites, compartilhamentos e a repercussão feita pela imprensa. O microblog virou fonte oficial dos jornalistas para descobrir o que acontece no futuro governo.

Esse comportamento de Bolsonaro lembra o do presidente norte-americano Donald Trump. Ambos detestam os grandes veículos de comunicação por se considerarem perseguidos e difamados.

Ao usar o Twitter para fazer anúncios importantes e comentários no dia a dia, os dois mandatários enfraquecem a mídia tradicional, que passa a ter dificuldade em conseguir informações em primeira mão.

Em presidências anteriores do Brasil e dos Estados Unidos, as grandes emissoras de TV e os maiores jornais e revistas tinham acesso e tratamento privilegiados. Esse tempo acabou.

As redes sociais deram autonomia aos políticos. Eles não precisam mais se colocar diante de câmeras e microfones para falar à Nação. Basta digitar a mensagem no celular e postar – o conteúdo será automaticamente ecoado pela imprensa.

Além de sofrer com o desprezo de Bolsonaro, a mídia tradicional corre o risco de perder parte da verba publicitária federal.

O presidente que toma posse em Brasília no dia 1º de janeiro avisou, em várias ocasiões, que pretende reduzir o dinheiro da publicidade oficial direcionado, por exemplo, aos veículos do Grupo Globo, do qual fazem parte a Rede Globo e o jornal O Globo.

Já existe um quadro no qual se vê os canais mais simpáticos a Bolsonaro – de olho no apoio financeiro do governo, obviamente – e as emissoras que devem assumir um tom crítico, como as TVs da família Marinho.

Este 2018 foi um ano complicado para as empresas de comunicação e os jornalistas no Brasil: tornaram-se alvos de hostilidade na internet e fora dela, e sofreram os efeitos da crise econômica.

Tudo indica que 2019 será um período igualmente turbulento ao chamado quarto poder.


Jair Bolsonaro vai levar para a Presidência a mesma tática utilizada em sua bem-sucedida campanha eleitoral: fazer das redes sociais o seu megafone.

O próximo ocupante do Palácio do Planalto elegeu o Twitter como principal plataforma para se comunicar diretamente com a população. Lá, possui 2,7 milhões de seguidores. No Facebook, 9 milhões.

O alcance se multiplica com os milhares de retuites, compartilhamentos e a repercussão feita pela imprensa. O microblog virou fonte oficial dos jornalistas para descobrir o que acontece no futuro governo.

Esse comportamento de Bolsonaro lembra o do presidente norte-americano Donald Trump. Ambos detestam os grandes veículos de comunicação por se considerarem perseguidos e difamados.

Ao usar o Twitter para fazer anúncios importantes e comentários no dia a dia, os dois mandatários enfraquecem a mídia tradicional, que passa a ter dificuldade em conseguir informações em primeira mão.

Em presidências anteriores do Brasil e dos Estados Unidos, as grandes emissoras de TV e os maiores jornais e revistas tinham acesso e tratamento privilegiados. Esse tempo acabou.

As redes sociais deram autonomia aos políticos. Eles não precisam mais se colocar diante de câmeras e microfones para falar à Nação. Basta digitar a mensagem no celular e postar – o conteúdo será automaticamente ecoado pela imprensa.

Além de sofrer com o desprezo de Bolsonaro, a mídia tradicional corre o risco de perder parte da verba publicitária federal.

O presidente que toma posse em Brasília no dia 1º de janeiro avisou, em várias ocasiões, que pretende reduzir o dinheiro da publicidade oficial direcionado, por exemplo, aos veículos do Grupo Globo, do qual fazem parte a Rede Globo e o jornal O Globo.

Já existe um quadro no qual se vê os canais mais simpáticos a Bolsonaro – de olho no apoio financeiro do governo, obviamente – e as emissoras que devem assumir um tom crítico, como as TVs da família Marinho.

Este 2018 foi um ano complicado para as empresas de comunicação e os jornalistas no Brasil: tornaram-se alvos de hostilidade na internet e fora dela, e sofreram os efeitos da crise econômica.

Tudo indica que 2019 será um período igualmente turbulento ao chamado quarto poder.



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