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RONDÔNIA

Terminal Hidroviário do Cai N’água continua parado

Só por alguns meses o Terminal Hidroviário do Cai N’água foi utilizado para embarque e desembarque de transporte de cargas e..

Por Larina Rosa Diário da Amazônia
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Publicado: 02/09/2019 às 16h54min | Atualizado 02/09/2019 às 16h55min

Foto: Roni Carvalho – Diário da Amazônia

Só por alguns meses o Terminal Hidroviário do Cai N’água foi utilizado para embarque e desembarque de transporte de cargas e passageiros em Porto Velho. É o que afirma os trabalhadores e viajantes que necessitam do porto diariamente. Interditado pela segunda vez pela Marinha do Brasil devido o mesmo problema de 2017, o Terminal conhecido como Porto do Cai N’Agua localizado na margem direita do Rio Madeira, está suspenso desde março deste ano.

O local está impedido de transportar mercadorias e passageiros devido o rompimento de um cabo de aço que dava sustentação em meio ao rio Madeira as plataformas. Por conta da força da correnteza, grande número de troncos do rio Madeira e acidez da água a sustentação dos cabos têm o prazo de validade acelerada.

Mesmo sem segurança quem necessita da hidrovia do Madeira para o transporte de cargas são obrigados a realizar o embarque e desembarque de mercadorias ao lado do terminal em um barranco.

Luiz Alves trabalha vinte anos entre o trecho Calama a Porto Velho disse que as dificuldades sem o terminal são inúmeras, ressalta que em um dia mais de 500 pessoas embarque e desembarca de sua embarcação. “Quando chove interdita. Imagina um deficiente ou um idoso subindo e descendo um barranco, para a gente que é mais novo já é difícil, quem dirá para eles”, conta.

Seu Juscelino Barreto tem 59 anos mora no distrito de Calama, vem todos o mês a Capital fazer compras relata que tem que pagar para descer sua mercadoria.”Nesse barranco quem é bom das pernas sobe bem,mas quem não é como o meu caso tem que pagar para descer a mercadoria. Fizeram essa plataforma não sei porquê, não usamos”.

Ednelto Pereira trabalhava no Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré com barco turístico contou que a procura por passeios diminuíram. ”Não temos mais como embarcar o pessoal aqui. O turista não desce essas escadas por causa da altura desse barranco, cadeirante não desce. Se agilizar essa situação vamos poder trabalhar”, disse.

A área é de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) entramos em contato para solicitar informações sobre o problema, mas não obtivemos resposta.

Foto: Roni Carvalho – Diário da Amazônia

Muro de contenção da EFMM

A construção do muro de contenção na margem direita do Rio madeira é a terceira etapa de revitalização para a entrega do Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Em julho (21) um desbarrancamento de um trecho do complexo isolou a área. Em agosto (28) uma escavadeira deslizou no barranco e por pouco não chegou a cair no rio Madeira. O trator fazia parte dos trabalhos de enrocamento da margem da EFMM, que estão sendo realizados por uma empresa contratada pela Santo Antônio Energia, responsável pela obra.

Ednelto acompanha a obra do complexo diariamente e reclama da demora, disse que não é sempre que os trabalhadores estão no local, também acrescenta “jogaram pedras em cima de aterros de areia o peso bate e ele cede. Isso é porque ainda não começou a chover, quando começar vai desmoronar mesmo”, finalizou.

Segundo a assessoria da Santo Antônio Energia a empresa não vai se pronunciar sobre o caso.



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