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Diário da Amazônia

Trabalho e estudo contribuem para a saúde de pessoas idosas

É comum que o interesse de idosos que decidem seu emprego se volte para aprender novas habilidades.

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Publicado: 22/12/2019 às 08h20min

Aposentar-se não costuma ser uma mudança fácil para quem está habituado a uma rotina de trabalho. Com a expectativa de vida aumentando, é comum que o interesse de idosos que decidem seu emprego se volte para aprender novas habilidades e até ingressar em carreiras diferentes das que exerciam anteriormente. “Quando se aposenta, a pessoa se vê com um longo tempo útil disponível e é natural que procurem outras atividades”, explica Alexandre Kalache, epidemiologista e médico especializado no estudo do envelhecimento e mestre pela University of London.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Retirement Jobs, agência de empregos norte-americana, as pessoas com mais de 50 anos (não necessariamente idosas, mas caminhando para a terceira idade) que procuram cursos de educação estão começando uma nova carreira, ganhando habilidades para tornarem-se competitivas, começando a empreender ou buscando lucrar mais. O estudo mostra ainda que a maioria dos entrevistados prefere começar em um trabalho diferente do que estão acostumados e estão dispostos a aprender novas habilidades online. “É saudável que os idosos adaptem-se às novas tecnologias e aprendam habilidades que os façam sentir úteis. Além disso, o ambiente de trabalho ou estudo contribui para que não se sintam isolados da sociedade, um problema muito comum nessa faixa etária”, explica Kalache.

Análises realizadas em universidades “amigas dos idosos”, como a DCU (Dublin City University), na Irlanda, referência na iniciativa de valorização das oportunidades geradas pelo envelhecimento demográfico, apontam que não só os mais velhos são beneficiados ao entrar em uma sala de aula. “A troca de experiência entre esses indivíduos e os jovens é extremamente rica, os dois lados saem ganhando. Além disso, mudanças para a mobilidade para atender o público idoso também podem beneficiar, por exemplo, mulheres grávidas ou pessoas com pouca mobilidade”, indica Kalache.

Fonte: Giulia Granchi/UOL



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