Com passagens pela polícia e respondendo a acusações de tentativas de homicídios, o homem que foi morto durante a manhã de domingo último em Porto Velho, André Gomes da Silva, de 30 anos, tinha origem o estado de Tocantins, cidade de Tocantinópolis, e estava em Porto Velho fazia alguns meses. Sua morte se deu após este se envolver em um acidente de trânsito, onde atropelou três pessoas e fugiu sem prestar socorros. Perseguido por um agente penitenciário, trocou tiros com este, mas acabou levando a pior.

O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Crimes Contra a Vida de Porto Velho que ainda colhe depoimentos de testemunhas para montar o quebra-cabeça dos acontecimentos. Porém, o que já se sabe é que a vítima André Gomes dirigia um veículo Chevrolet, modelo Vectra de placas HDB-3839 de Goiânia (GO). Ele teria provocado um acidente contra uma motocicleta de marca Honda, modelo Biz. Após isso, ainda arrastou as vítimas por mais de 200 metros, tentando escapar da cena do crime.

Os policiais apuraram que André Gomes também respondia pelo apelido de “André do Benoni”. No ano de 2014, ele fora preso por policiais militares de Tocantins. Além disso, outras passagens pela polícia, de menor potencialidade, estão no currículo da vítima. No crime de homicídio, que ele é apontado como principal suspeito da execução, este teria matado a vítima Rafael da Silva Soares, de 24 anos. O crime ocorreu ano passado, dia 14 de fevereiro. Na ocasião, um companheiro de Rafael também saiu gravemente ferido.

Vítima tinha passagens pela polícia de Tocantins

A morte de André Gomes, na manhã de domingo último, ocorreu no bairro Alphavile, zona Norte da capital porto-velhense. De acordo com as informações levantadas pela Polícia Civil, que destacou uma equipe de agentes para a apuração do caso, o início do desenrolar da história precede o atropelamento. André, acompanhado de um amigo identificado como Eduardo Leão de Miranda, trafegavam armados após saírem de uma comemoração familiar. A polícia apura se a vítima havia ingerido bebidas alcoólicas.

Ao chegarem em cruzamento da avenida Rio Madeira, a dupla André e Eduardo, irmãos, atropelaram um motociclista que levava duas crianças. Sem parar para prestar socorros, ainda arrastaram as vítimas por cerca de 200 metros. A cena foi presenciada por um agente penitenciário que resolveu seguir o carro que era dirigido por André. Em dado momento, o agente penitenciário alcançou André e fez a abordagem. Este último reagiu e houve luta corporal. Testemunhas informaram que o comparsa de André lhe entregou uma pistola, de calibre 380, ocasião em que o agente penitenciário foi atingido por um tiro na perna. “Eu caí no chão, minha perna já estava estourada, mas ainda dei dois disparos no susto e ele saiu e foi para detrás do carro. Foi quando começamos a trocar tiros. Eu dei mais três tiros e a minha pistola falhou. Eu desesperado com a perna torta. Quando eu fui ver, meu carregador tinha caído. Eu tive de pegar o carregador e recolocar. Foi quando ele deu mais um disparo. Tudo isso eu estava sentado no chão. O tiro dele passou de raspão nas minhas costas e ele voltou quando eu vi pela janela do carro. Foi quando eu disparei na janela e acertei ele. Ele foi pra outra janela. Foi quando eu disparei mais dois tiros, um deles na cabeça. Aí, ele caiu”. contou o agente pelo WhatsApp.

As vítima do atropelamento, de acordo com as informações de testemunhas, foram socorridas ao Pronto-Socorro do Hospital João Paulo II. O estado clínico não é dos melhores, mas não correm riscos de vida. Mais informações sobre a vítima André estão sendo apuradas e devem constar no inquérito que apura o acontecimento.