O Presidente Jair Bolsonaro anunciou em rede nacional na noite de sexta-feira (23) que autorizou uso das Forças nos estados afetados pelas queimadas e na manhã deste sábado (24) aviões com militares e equipamentos já teriam chegado na base aérea de Porto Velho, em Rondônia, por onde vai começar o combate aos incêndios na Floresta Amazônica. A reportagem do Diário da Amazônia esteve na Base Aérea da capital, mas não conseguiu acesso
O governo federal informou neste sábado (24), que além de Rondônia, outros cinco estados da Amazônia Legal já formalizaram pedido para ação das Forças Armadas no combate às queimadas, Roraima, Pará, Tocantins, Acre e Mato Grosso.
Nessa sexta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto autorizando o envio de homens das Forças Armadas para atuar nos estados da Amazônia. Para que a medida seja efetivada, no entanto, é preciso o pedido formal de cada governador de estado.
O decreto do presidente vale para toda a Amazônia Legal, da qual fazem parte os estados da Região Norte, além do Mato Grosso e Maranhão. Na entrevista, Azevedo e Silva disse que as ações das Forças Armadas começam neste sábado (24) em Rondônia.
Ele afirmou também que o efetivo atual das Forças Armadas na região Norte é de 44 mil homens. Segundo o ministro, o contingente vai ser usado de acordo com o local e o tamanho de cada missão e, neste primeiro momento, não será necessário deslocar as tropas.
“O efetivo é por demanda. Qual é a missão? Nós vamos usar o efetivo da área”, afirmou o ministro ao destacar que já há comandos locais das Forças Armadas na Amazônia.
“A demanda que existe até o momento, a primeira operação que estamos fazendo é no primeiro estado que já pediu, Rondônia. Temos efetivo suficiente para isso lá. E já estamos com aeronaves lá”, completou Azevedo e Silva.
As queimadas geraram uma crise no governo federal, que vem sendo cobrado nos últimos dias no Brasil e no exterior por causa da situação da floresta. Artistas, sociedade civil e líderes de outros países se manifestaram em defesa da Amazônia.
De acordo com a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), 2019 é o pior ano de queimadas na Amazônia brasileira desde 2010.
Salles ressaltou que a efetividade das ações de combate às queimadas depende da cooperação entre estados e governo federal.
“Temos pedido aos estados, desde o começo do ano, para que nos apoiem nas ações de fiscalização e controle do Ibama e do Icmbio, porque são as forças militares estaduais que dão efetividade e apoio para que ações possam ocorrer naquele vasto território da Amazônia”, disse o ministro.
“Solicitamos à Vossa Excelência imediatas providências no sentido de viabilizar a cooperação das estruturas dos Estados da Amazônia Legal e as do Governo Federal no emprego específico de combate a focos de incêndio na Floresta Amazônica do Estado Brasileiro, com apoio material para enfrentamento efetivo ao desmatamento e incremento às ações de fiscalização de atividades legais”, afirmaram os governadores no documento.
Ao deixar a residência oficial do Palácio da Alvorada no início da tarde deste sábado, o presidente Jair Bolsonaro comentou as queimadas na Amazônia.
Para o presidente, não é a floresta que está pegando fogo, mas sim as áreas desmatadas. Bolsonaro disse ainda que a situação está se encaminhando para a “normalidade”.
“A média das queimadas está abaixo dos últimos anos. Está indo para a normalidade esta questão […] As unidades nossas já estão começando a trabalhar na região. Agora, a floresta não está pegando fogo como o pessoal está dizendo. O fogo é onde o pessoal desmata”, afirmou o presidente.