Porto Velho/RO, 21 Março 2024 07:18:01

Carlos Sperança

coluna

Publicado: 23/04/2020 às 10h11min

A- A+

Tudo que Rondônia não precisa atualmente é brigarada política

As riquezas naturais Planejar ou deixar tudo à disposição de “forças invisíveis”? Estudo promovido por pesquisadores da..

As riquezas naturais

Planejar ou deixar tudo à disposição de “forças invisíveis”? Estudo promovido por pesquisadores da Universidade Pompeu Fabra (Barcelona, Espanha), publicado na revista científica Nature não se opõe ao acidental, mas talvez reforce a importância do planejamento no rumo dos povos.

A pesquisa sugere que os primeiros habitantes da Amazônia criaram, há dez mil anos, 4.700 “ilhas florestais” para cultivar plantas para consumo. Na savana de Llanos de Moxos, na Bolívia, inundada de dezembro a março e seca de julho a outubro, os montes continuam acima do nível da água durante a inundação, assegurando o desenvolvimento das plantas. Como na questão sobre se o ovo veio antes da galinha, esse maravilhoso sistema veio do acaso ou foi criado?

É casual para quem supõe que os montes se formaram pela acumulação desorganizada de resíduos como restos de conchas de moluscos e outras matérias orgânicas, segundo o pesquisador Javier Ruiz-Pérez. Não, quando se entende que os primeiros amazônidas quiseram criar uma proteção contra inundações durante a estação chuvosa ao considerar que eram espaços ideais para o crescimento das plantas enquanto caçavam fora das ilhas.

Pelo sim, pelo não, o melhor a fazer é aproveitar o que a natureza dá e organizar a vida para que as riquezas naturais sejam aproveitadas da melhor forma possível.

……………………………………………….

Em conflito

Alguns deputados estaduais, em plena era do coronavirus entraram em conflito com o governo estadual retaliando os queridinhos da governadoria, instalados na Saúde e DER. Nada que fitas gravadas em posse do CPA, colocadas na mesa, não façam os parlamentares recuar, pular cirandinha e votar sistematicamente a favor das matérias governistas. Pelo menos em dois confrontos anteriores as coisas rolaram mais ou menos assim. Será que as cartas dos deputados agora estão mais fortes?

Cães de guerra

Em Rondônia deputados estaduais e governadores tem se comportado através dos tempos como selvagens cães de guerra. O ex-governador Ivo Cassol, então ameaçado de cassação, domesticou o serpentário e botou um par deles na cadeia naquela histórica legislatura de Carlão de Oliveira com o caso das fitas gravadas divulgadas pelo Fantástico. Também o governador Confúcio Moura, igualmente ameaçado de ser cassado –mexendo os pauzinhos -, levou a melhor na refrega com Hermínio Coelho e a oposição.

Pela unidade

Tudo que Rondônia não precisa atualmente é brigarada política. A pandemia se instalando com força, obras federais e estaduais paralisadas por falta de recursos. Governador, prefeitos, vereadores deputados estaduais, federais e senadores precisam se unir em torno das causas comuns. Ji-Paraná pode ser um exemplo de união, tem consagrado nas urnas prefeitos que pensaram no macro, na união das forças políticas locais e conquistado muita infraestrutura com este modelo.

As mansões

Em plena recessão provocada pelo coronavírus é espantoso o número de mansões edificadas – e muitas ainda em construção – nos condomínios de luxo em Porto Velho. Barões da soja, políticos, representantes da ourosoçaite e mafiosos em geral estão forrados nestas bandas. Lembrando ainda que até pouco tempo se suspeitava que a “lavagem” feita pelos traficantes era com gado, apartamentos, ouro, garagens de carros usados. Agora tem mafioso lavando dinheiro com mansões. É coisa de louco!

Centro histórico

O centro histórico de Porto Velho que já estava decadente e se arrastando com a pandemia do novo coronavirus se arrebentou de vez. Revitalizar a região central é preciso, tomada pelas cracolândias e com edificações comerciais invadidas por mendigos, bêbados e viciados. Impressiona ainda a desvalorização dos imóveis em avenidas importantes como a 7 de Setembro e a Carlos Gomes com o fechamento de tantas lojas.

Via Direta

*** Pelo menos o segmento do agronegócio rondoniense deve atravessar a pandemia do coronavirus sem tanta turbulência em Rondônia *** Com o isolamento prolongado até o dia 25, os comerciantes e empresários estão se organizando para a reabertura dos seus estabelecimentos nos principais centros comerciais da capital *** Enquanto o isolamento social segue, aumentam as brigas entre vizinhos e rusgas entre casais. A convivência do ser humano é realmente problemática *** Os servidores municipais, estaduais e federais já estão de orelhas em pé e de olho na arrecadação das esferas governamentais *** É grande o temor com relação ao atraso salarial na capital rondoniense. Todos lembram do que aconteceu na era Raupp com pagamentos atrasados *** Sem movimentação do comércio, sem arrecadação, e sem arrecadação sem dinheiro para pagar o funcionalismo *** Sendo que já tem muita gente urrando pelas ruas com aumento da criminalidade.


Deixe o seu comentário

sobre Carlos Sperança

Um dos maiores colunistas político do Estado de Rondônia. Foi presidente do Sinjor. Foi assessor de comunicação do governador José Bianco entre outros. Mantém uma coluna diária no jornal Diário da Amazônia.

Arquivos de colunas