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RONDÔNIA

URGENTE: Em Manaus, Bolsonaro se compromete em asfaltar BR 319

Presidente ainda ironizou Manina Silva e Zequinha Sarney, dizendo por eles a rodovia nunca sairia do estado atual

Por Redação
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Publicado: 25/07/2019 às 17h07min | Atualizado 25/07/2019 às 17h35min

Presidente Jair Bolsonaro em solenidade no Colégio Militar da Polícia Militar do Amazonas, em Manaus, nesta quinta-feira (25) — Foto: Rodrigo Carneiro/Rede Amazônica

Em visita a Manaus hoje, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) prometeu pavimentar a rodovia BR-319, também conhecida como Manaus-Porto Velho, que corta o estado do Amazonas, e ironizou adversários políticos ligados à defesa ambiental.

“Imagina se eu tivesse comigo o Zequinha Sarney (PV) ou a Marina Silva (Rede) como ministro? Nunca vocês iam ver essa BR asfaltada”, afirmou.

A melhoria da rodovia de mais de 800 quilômetros de extensão em meio à floresta amazônica, é demanda antiga de empresários da região para escoar a produção da Zona Franca de Manaus.
Há anos fala-se em pavimentação, mas as obras esbarram no licenciamento ambiental.
Durante o governo Lula (PT), a então ministra do Meio Ambiente Marina Silva venceu uma queda de braço com o então ministro dos Transportes, o amazonense Alfredo Nascimento, favorável à rodovia.

“Essa região tem tudo para ser o marco econômico do País. Temos subsolo”, disse Bolsonaro ao participar da primeira reunião do ano do Conselho Administrativo da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

As reuniões do conselho vinham sendo adiadas desde o início do governo Bolsonaro, que hoje aprovou 87 projetos – 26 de implantação de novas indústrias e 61 de ampliação e atualização das já instaladas na região.

 

Psicose ambiental

Mais cedo, Bolsonaro havia sido questionado sobre os dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e medidas para combater o desmatamento na Amazônia. O presidente lamentou que a pergunta estivesse sendo feita e respondeu:

“Esses números no meu entender não correspondem à realidade. Não podemos ter órgãos no governo, no meu entender, aparelhados com ONGs internacionais. Então, esses dados servem para que alguém na ponta da linha ficar feliz. E nos prejudicar na relação que temos com o mundo. Estamos avançando no Mercosul, no Japão, nos Estados Unidos, Coreia do Sul. Isso nos atrapalha com dados que duvidamos que sejam verdadeiros”, afirmou.

O presidente afirmou que os dados constroem uma imagem errada do país e voltou a falar em “psicose ambiental”.

“Quantos palmos de mata ciliar são preservados na Europa? Dois palmos? O Brasil é o país que mais preserva. Tem país na Europa que não tem 1% do que temos aqui. Nós queremos preservar o meio ambiente, mas não queremos entrar numa psicose ambiental”, disse.

Bolsonaro afirmou que o Brasil precisa casar desenvolvimento e preservação e disse que os proprietários de terras que desmatam para plantar também são responsáveis pela preservação.



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