“Não importa a cor do gato. Importa que ele pegue o rato.” – Sergio Moro mostrando as diferenças entre o seu projeto e o do ministro Alexandre Morais
1-Davi, o coveiro
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre saiu-se até melhor que o antecessor Renan Calheiros, ao enterrar a CPI Lava Toga, como se previa. Como investigar o STF e STJ com a sofrível de nossos senadores e com seus passivos que estão ou irão parar nas cortes superiores? Depois das pressões a decisão “interpretando” o regimento, caixão, vela e zéfini. Volta ao ponto inicial, tudo igual, menos o Davi com o túmulo aberto para se tornar o coveiro da CPI da Toga. Mas não se enganem a CPI está insepulta e fede.
2-De sapos, CPIs e escorpiões
O presidente Davi Alcolumbre é jeitoso. Depois dos considerandos ele jogou uma pá de cal devolvendo “de ofício” a sua decisão à CCJ e ao plenário. Ora, está escrito nas estrelas. CPI é prerrogativa de minoria e voltando ao plenário a maioria vence. Isso me me lembra que um escorpião queria atravessar o rio. Um sapo o pôs nas costas e na travessia o escorpião o picou. Ao reclamar do carona ingrato, o sapo ouviu a resposta: Desculpe, é da minha natureza picar. Enterrar a CPI Lava Toga não garante qualquer vantagem aos 81 sapos no STF. Escorpiões são indomáveis e picam. É da natureza.
3-Deseducando
Vai de mal o Ministério da Educação versão Velez Rodrigues, que demite por atacado. Com a secretária de Educação Básica e hoje o presidente do Inep Marcus Vinícius que saiu hoje, são 16 assessores e o homem não cansa. Seja fazendo, ao cancelar a avaliação da qualidade da alfabetização ou desfazendo, ao cancelar o cancelamento. Do jeito que a coisa está sendo tocada, melhor é demitir o ministro. Para fazer errado, qualquer um analfabeto faz e a custo menor. De onde saiu esse louco? Da Colômbia?
4-Pic-nic na beira do abismo
A Câmara dos Deputados levou o pais para passear na beira do abismo e detonou a pauta bomba que foi prepara para Dilma lá em 2015. Dos 460 deputados presentes na sessão, 453 confirmaram sim e Bolsonaro vai levar no currículo uma derrota histórica. Explico: O governo quer desvincular e desindexar o orçamento e os deputados irados engessaram ainda mais e, com a emenda constitucional, o governo terá de cumprir os investimentos postos no Orçamento da União pelas bancadas estaduais. Miou de vez.
5-Toma-lá-dá-cá oficial
Senadores, deputados, governadores e principalmente prefeitos que passam o chapéu na marcha dos prefeitos fazendo o “beija-mão do presidente” acham boa a mudança que impõe a execução da rubrica incluída no orçamento. Será o fim do toma-lá-dá-cá? Não creio. Além da grana existem os cargos federais e isso deve ao contrário do que se pensa aumentar a relação espúria de clientelismo. É possível corrigir? Jamais com o Bolsonaro ou com este Congresso atual. Quanta falta faz o parlamentarismo…
