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Diário da Amazônia

Vans piratas concorrem com ônibus, compartilhados e aplicativos

Vans clandestinas estariam fazendo o mesmo percurso dos ônibus. Serviço estaria sendo executado no transporte urbano e no intermunicipal

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Publicado: 10/10/2019 às 11h50min | Atualizado 10/10/2019 às 12h01min

Mesmo não apreendendo nenhum veículo que faz transporte clandestino de estudantes e passageiros nessa quarta-feira (9), a Secretaria Municipal de Trânsito, Mobilidade e Transporte (SEMTRAN) criticou, em nota, o funcionamento ilegal desse novo sistema que soa como alarme à proliferação dessa modalidade.

Depois do funcionamento considerado questionável dos ‘Taxis Compartilhados’, apesar da legalidade dada pela Prefeitura aos Aplicativos, agora, as empresas do Sistema Integrado Municipal (SIM) enfrentam nova concorrência. Dessa feita, trata-se de serviços oferecidos por vans clandestinas que supostamente estão realizando viagens sem segurança na cidade e cidades de Rondônia.

O novo sistema, segundo informações obtidas por este site de notícias nos bastidores de uma cooperativa de taxi convencional, ‘o nosso serviço contaria com apoio de taxistas dissidentes dos Compartilhados, além de aplicativos informais com solidariedade de alguns políticos, segundo informações, detentores de aplicativos já legalizados’.

Segundo as mesmas fontes, reuniões viriam sendo realizadas entre as lideranças desses serviços em locais alternados em pontos distintos da Capital rondoniense. Há encontros nas zonas Leste, Sul, Norte e na área central da cidade. ‘Sempre à noite e em pontos fechados cedidos pelos participantes’. Na maioria desses locais, o assunto é discutido, inclusive, com a suposta presença de vereadores cujo um anteprojeto para tentar legalizar os serviços por Vans teria sido apresentado ao presidente da Câmara, vereador Edwilson Negreiros (PSB).

O serviço, de acordo com fontes ligadas a este site de notícias, ‘seria um contraponto a não legalização dos Taxis Compartilhados cuja lei o prefeito Hildon Chaves viria postergando sancionar ao menos seis meses depois de aprovada pelo Legislativo’. Na mesma modalidade teria sido incluído o transporte coletivo urbano e rural por viagens de Vans aos Distritos sob a chancela da Cooperativa dos Transportes de Passageiros, Cargas e Fretamento do Estado de Rondônia (COOPTRARON).

SIM FRAGILIZADA – Desde a era Adélio Baroufald, proprietário do grupo Autovema e Rovema, o sistema de transporte coletivo de passageiros urbanos vinha se mostrando fragilizado com a política aplicada pela Prefeitura de Porto Velho. À época, o grupo alegou prejuízos e resistiu a não transferências de valores oriundos das tarifas sociais (estudantes e usuários do Cadastro Único).

Historicamente, desde os anos das empresas Três Marias e Rio Madeira, segundo motoristas e cobradores que ainda esperam receber suas indenizações na Justiça do Trabalho, o sistema de transporte urbano de estudantes e passageiros na cidade de Porto Velho ‘é considerado um calo no sapato de qualquer empresário’.

Recentemente, uma empresa apontada supostamente pelo prefeito Hildon Chaves trazida por ele de Goiânia para estudo de viabilidade, de acordo com motoristas e cobradores demitidos pelo Grupo AMAZONTUR (com sede em Macapá, no Amapá), ‘desistiu de abiscoitar o mercado aberto para todas as linhas de ônibus, inclusive do transporte escolar na cidade e Distritos’.

Com até 50 quilômetros quadrados de malha viária no perímetro urbano para lançar uma frota nova, aparelhada com ar-condicionado e mais acessórios para garantir conforto e segurança no translado dos usuários, a empresa de Goiânia teria descartado operar o sistema de transporte coletivo de passageiros, justamente, ‘por ter constatado má qualidade das vias (ruas e avenidas)’. Além de serem obrigadas, ao menos de três, três meses fazerem revisão dos veículos, enquanto em Goiânia e em outras capitais, ‘o prazo é de até seis meses’.

Enquanto isso, levando em consideração a suposta recusa do prefeito em sancionar a Lei dos Compartilhados, um grupo de taxistas dissidentes, motoristas de aplicativos e políticos com inserção no meio empresarial do transporte coletivo de passageiros, de cargas, fretamento e alugueis de maquinários pesados, ‘juntaram-se a uma cooperativa desse segmento e teriam partido para o enfrentamento, botando vans nas ruas com a alegação de que esses veículos levam mais pessoas, oferecem mais conforto, segurança, preços mais acessíveis, além de rapidez nas viagens aos usuários’, arremataram as mesmas fontes.

Fonte: Correio de Noticia



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