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Diário da Amazônia

Veja os alimentos que estão impactando o orçamento das famílias

O aumento das exportações, a valorização do dólar e o crescimento do consumo interno pressionam os preços dos itens básicos do brasileiro

Por Redação Diário da Amazonia
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Publicado: 08/09/2020 às 11h34min

Foto: Pinterest

O cardápio básico da mesa do brasileiro é o mais afetado com o impacto da inflação. Os preços desses alimentos registraram crescimento acima da inflação. Segundo a Apas (Associação Paulista de Supermercados), o aumento das exportações, a valorização do dólar, a quebra de safra e o crescimento da demanda interna explicam a pressão pelo reajuste de preços. Veja a seguir os itens que registraram mais aumento:

Foto: Reprodução/Pilotando Fogão

O arroz, por exemplo, está com inflação acumulada em 21,1% em 2020, segundo a Apas. O preço médio do arroz agulhinha registrou em agosto alta em 15 capitais, com destaque para Porto Alegre (17,91%), Campo Grande (13,61%) e Rondônia (10,20%), ficou estável em Curitiba e recuou -1,45% em Brasília. O aumento se deve à retração dos produtores, que aguardam melhores preços para comercializar o cereal e efetivam apenas vendas pontuais, de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Foto: Pixabay/Reprodução

Apesar de o preço do feijão ter recuado em 14 capitais, o acumulado no ano é de 23,14%. O tipo carioquinha, pesquisado no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo, variou entre -25,53%, em Campo Grande, e -3,53%, em Rondônia. Já o custo do feijão preto, pesquisado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, subiu em Porto Alegre (5,00%), Curitiba (3,27%) e na capital fluminense (0,82%). Já em Vitória (-1,41%) e Florianópolis (-1,96%), o valor médio diminuiu. A fraca demanda pelo grão carioca, mesmo com a baixa oferta, explicou a queda dos preços. Para o tipo preto, a importação supriu a falta do feijão nacional, que está em fase de plantio, e o preço aumentou devido ao câmbio desvalorizado, segundo o Dieese.

Foto: Itaci Batista/28.09.2011/AE

O leite integral é o terceiro vilão dos preços, com um acumulado neste ano de 21,62%, de acordo com a Apas. Em agosto, as elevações nos valores do produto variaram em Rondônia teve alta de 23,50%. Apenas em Vitória, o preço ficou estável. A necessidade de refazer estoques, a competição por matéria-prima e a baixa disponibilidade de leite no campo culminaram em elevação de preço dos derivados lácteos.

Foto: Reprodução

O valor do óleo de soja apresentou alta em todas as capitais em agosto, com destaque para Campo Grande (31,85%), Aracaju (26,47%), Rondônia (26,17%), Rio de Janeiro (22,39%) e Porto Alegre (21,15%). O Dieese explica que as demandas interna e externa têm elevado as cotações da soja e derivados. O acumulado do ano chega a 9,56%, segundo a Apas.

Foto: MARCO AMBROSIO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Em 12 capitais, o valor médio da carne bovina de primeira registrou alta: variou de 0,59%, em Aracaju, a 8,89%, em Campo Grande. Em Rondônia teve alta de 4,23%. Em Natal, o preço apresentou estabilidade e, em outras quatro cidades, houve queda: Porto Alegre (-0,55%), Vitória (-0,59%), Florianópolis (-0,90%) e Brasília (-1,35%). A baixa oferta de animais para abate no campo e o desempenho recorde das exportações, em especial para a China, resultaram em preços elevados.

Foto: Pixabay/Reprodução

Essa alta vem sendo sentida pelos supermercados que na semana passada enviaram comunicado para Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), denunciando os reajustes de preços de arroz, feijão, leite, carne e óleo de soja. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados, a alta tem sido generalizada e repassada pelas indústrias e fornecedores.



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