Nos primeiros dias de Pandemia Kariny Vieira confeccionava e vendia uma média de 50 máscaras por dias, mas logo vieram os pedidos de empresas e essa média saltou para 200. E a média de produção vendagem foi sendo alterada dia após dia, mês após mês.
“Fazendo um cálculo rápido, assim de cabeça, achamo de já vendemos bem mais que cinco mil máscaras. Foi uma loucura, sabe, chegou um momento em que era tanto trabalho para fazer que passamos a viver à base da cafeína, porque dormíamos pouco e tínhamos que produzir muito, pois sabemos que essa era uma oportunidade de ouro com tempo para terminar, e que não aproveitássemos não conseguiríamos obter uma boa margem de lucro”, disse Kariny.
Inovação
Ao passar os dias e os meses, essa mesma oportunidade foi vista e passou a ser aproveitada por muitas outras pessoas na cidade que também passaram a fazer máscaras, e isso fez a demanda diminuir, mas como é um mercado, inova foi a saída encontrada por Kariny e sua família.
“Quando a concorrência aumentou, passamos a ter mais tempo para produzir porque os pedidos reduziram um pouco, aí passamos a produzir com inovação. Fizemos máscaras com tiaras, máscaras customizadas de modelos os mais diversos e cores também para todos os tipos de públicos”, explicou.
Superando as dificuldades
O grande número de pedidos e o aumento na concorrência ocasionou o aumento nos preços dos tecidos e dos aviamentos.
“Aumentou o custo de produção e o produto final passou a ter menos valor, pois a lei de mercado chamada de oferta e procura entrou em ação, que é quando há aumento de demanda, há decréscimo nos preços”, pontuou.
Em meio a essa situação, surgiu mais uma adversa: “Muita gente começou a espalhar fake news dizendo que essas máscaras artesanais não tinham eficácia na proteção contra o vírus, daí eu saí em busca de informações para me munir de argumentos salvar meu negócio. Fiz uso das redes sociais para poder fazer divulgação tanto de informações positivas sobre as máscaras artesanais como também divulgar nosso trabalho, mostrando clientes comprando, mostrando os modelos e como fabricamos”, narrou.
Aprendizados
Kariny ressalta que como tudo ocorreu de uma hora para outra, ela e a família foram pegos meio que de “surpresa”, pois antes eles fabricavam e vendiam outros tipos de produtos artesanais, como xuxinhas, tiaras etc.
“Não tínhamos estrutura a altura da demanda que chegou até nós, por isso sofremos muito para nos desdobrar e conseguir atender de forma razoável aos nossos clientes, e foi sofrido, pois tivemos que usar o que tínhamos de estrutura porquanto nos falta tempo para nos equiparmos mais, mas tiramos grandes aprendizados disso tudo”, pontuou.
Futuro
Com a chegada de uma vacina, que não está para demorar, pois já há sete na fase final dos testes, o status de pandemia mundial poderá ser retirado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e as medidas adotadas hoje, como o uso da máscara por exemplo, poderão ser retiradas, e isso causará drástica mudança nesse mercado temporário. E é pensando nesse futuro que Kariny e a família já estão se programando.
“Não só sabemos que as coisas vão voltar ao normal mas queremos isso, pois embora para nós seja uma oportunidade de ganho, também sofremos com as restrições e o medo ocasionadas pelo vírus. Pretendemos atuar em outros ramos de negócios, mas seguir com nossa atividade e diversificar nosso leque de produtos para continuarmos ativos no mercado”, finalizou Kariny.