
Os vendedores de artesanato de Porto Velho continuam na procura por alternativas para se manterem ativos na atual atividade econômica que a pandemia provocou.
Marta Helena confecciona biojoias e trabalha com artesanato no Mercado Central da Capital, ela explica que as vendas diminuíram muito na pandemia com a falta de turistas na cidade.
“A situação está bem complicada, principalmente na minha área. Eu trabalho com souvenir, lembranças regionais, artigos indígenas. Eu dependo do público de fora, dos turistas. E agora não está tendo viagem, o pessoal não está viajando, não está acontecendo congressos e tudo depende do movimento do turismo”, disse Marta.
Daguimar Cacheta também trabalha com artesanato no mercado e é um sobrevivente da Covid-19. Ele conta que ficou 22 dias internado no hospital e recebeu, diferente da esposa que foi para uma Unidade de Terapia Intensiva ( UTI) e veio a óbito. Ressalta que passou 60 dias, entre maio e junho, com o comércio fechado porque não compensava abrir as portas. Sem o movimento do turismo as vendas despencaram.
“Vamos sobrevivendo, tem dia que vende, tem dia que não e vamos indo. Quando as pessoas estão viajando geralmente elas levam uma lembrancinha local para presentear alguém. Infelizmente o turismo caiu muito e as vendas caíram também”, disse Daguimar.
Marta explica que nesse mesmo período do ano passado, ela ficou sem trabalhar no mercado central, porque o comércio não foi considerado essencial. A alternativa encontrada foi vender máscara, picolé, além do artesanato. “Hoje a minha venda é máscara, picolé e alguns acessórios para usar como pedra, incenso. Estou acreditando na vacina. Depois da vacina acho que vai ser bom para a gente, porque todo mundo está tão sem viajar e quando liberarem vai ser ótimo. Eu já estou pensando no que vai ser bom, porque o ruim a gente já está vivendo”, finalizou.