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Diário da Amazônia

Vereador quer se manter foragido até o nascimento do filho

O parlamentar teme ser preso e não poder prestar o apoio necessário à esposa.

Por Assessoria
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Publicado: 26/10/2016 às 06h05min

Vereador Jairo aguarda o filho nascer para se entregar

Vereador Jairo aguarda o filho nascer para se entregar

Com a prisão decretada pela Justiça Estadual, o vereador de Vilhena, Jairo Peixoto (PP), informou aos veículos de comunicação do município que pretende se apresentar só após o nascimento do seu sexto filho, previsto para o início de novembro. O parlamentar teme ser preso e não poder prestar o apoio necessário à esposa. Como Jairo não concorreu à reeleição e tem bacharelado em Direito, se prepara para fazer o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para atuar na área jurídica.

Depois que os juízes Adriano Lima Toldo e Pegoraro Bilharva, respectivamente titulares da 1ª e 2ª Varas Criminais de Vilhena, determinaram o afastamento de seis vereadores da Câmara de Vilhena, incluindo Jairo Peixoto, o presidente Júnior Donadon (PSD) e o vice José Garcia (DEM), acusados de envolvimento num esquema de extorsão contra empresários do setor imobiliário, o Legislativo está sob o comando da secretária da Mesa Diretora, vereadora Maria José (PSDB). Além de afastados do poder, Júnior e Garcia foram presos pela Polícia Federal, juntamente com Vanderlei Graebin (PSC) e Carmosino Taxista (PSDC), enquanto Jairo Peixoto e Marta Moreira (PSC) estão foragidos.

Como a Câmara não pode funcionar com um quórum de apenas quatro votos, ofício foi encaminhado por Maria José à Justiça Eleitoral, a quem caberá definir os suplentes que tomarão posse nas seis vagas, pois muitos mudaram de partido e não poderão ocupar a vaga da qual ficou suplente nas eleições de 2012.

Garcia pode ser expulso do partido democratas 

Em comunicado enviado aos meios de comunicação, a Direção Estadual do Democratas informou que abriu processo disciplinar, na última sexta-feira, de acordo com os artigos 94, alínea e, e 96, alínea d, do estatuto do partido, para apurar a conduta incompatível com o decoro e a probidade no exercício de mandato parlamentar contra o filiado José Garcia, vereador de Vilhena, preso pela Polícia Federal.

De acordo com o Democratas, o processo instaurado será julgado por comissão de ética designada, observando os princípios constitucional e estatutário do contraditório e da ampla defesa.

“A medida disciplinar visa preservar a imagem do Democratas, reconhecido por sua incansável luta contra a corrupção, prática condenada em todas as instâncias do partido. O Democratas reafirma que jamais acobertou ou acobertará qualquer desvio de conduta de quem quer que seja”, conclui.



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