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RONDÔNIA

Vídeo: Polícia descobre fábrica que adulterava carne estragada

Uma fábrica de charque clandestina foi descoberta por fiscais da Secretaria de Agricultura e Abastecimento Municipal (Semagric) na manhã..

Por rondoniagora
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Publicado: 08/05/2019 às 16h41min | Atualizado 08/05/2019 às 16h48min

Uma fábrica de charque clandestina foi descoberta por fiscais da Secretaria de Agricultura e Abastecimento Municipal (Semagric) na manhã desta quarta-feira (8), em uma residência localizada na Rua Gabriela, Bairro Planalto, na Zona Leste de Porto Velho. A ação foi possível após uma denúncia anônima registrada na Delegacia Especializada em Crimes contra o Consumidor (Deccon). O responsável pelo estabelecimento fugiu antes da chegada da Polícia Civil, deixando para trás cerca de 1 tonelada de carne em estado de decomposição.

Após receberam a denúncia, a delegada Noelle Caroline Xavier encaminhou os policiais investigadores para o local, juntamente com os fiscais do município, para averiguar a denúncia e foi confirmado que na residência funcionava uma fábrica clandestina de charque e toscana.

Para a Polícia, vizinhos contaram que chegaram a sentir o mau cheiro vindo da residência onde era fabricado o charque. Os produtos ficavam expostos a céu aberto no quintal da residência e até fezes de cachorro foram encontradas onde as carnes eram armazenadas.

Os fiscais encontraram também restos de alimentos nas salas onde a carne era salgada e o charque era preparado sem qualquer proteção, e um recipiente contendo corante que servia para adulterar a cor da carne. Restos de toscanas que também eram fabricadas no local foram encontrados pelos fiscais. No interior da residência, o cheiro de podre das carnes em estado de decomposição era insuportável.

Dentro de uma caixa d’água, os fiscais encontraram cerca de uma tonelada de carne já com sal grosso jogado por cima, com muita mosca, que provavelmente estava sendo preparada para revender.

A médica veterinária da Semagric, Aline Luciane, alerta para a população para cuidados na hora de comprar esse tipo de alimento para o consumo. “É importante que a população entenda e veja as condições que os produtos clandestinos são produzidos. O risco que eles correm ao comparar um produto sem o selo de inspeção, seja ele municipal, estadual ou federal. Se não tiver o selo, o produto não está apto para o consumo. Se o consumidor encontrar algum produto sem o selo, ou até mesmo um local que funciona como fábrica clandestina de produtos, ele pode denunciar que todos os órgãos fiscalizadores irão averiguar a denúncia”, alertou a médica veterinária.

Os fiscais e os policiais precisaram do auxílio de uma caçamba para retirar a carne em estado de decomposição do local e levar o descarte. De acordo com a Polícia, a proprietário irá responder pelo crime de relações de consumo que é ratificado com uma pena de detenção de dois a cinco anos e susceptível de prisão em flagrante.

Mercado
Ainda nesta manhã, os policiais, juntamente com os fiscais da vigilância sanitária, receberam uma denúncia anônima informando que em um mercado localizado na Avenida Amazonas com Rua Oito, Bairro Agenor Martins de Carvalho, estava sendo comercializado charque sem o selo de inspeção.

Os fiscais foram até o local e conseguiram flagrar cerca de 15 kg de charque expostos para a venda no mercado de forma irregular. Os produtos foram apreendidos e o proprietário do estabelecimento comercial notificado por estar vendendo produtos impróprios para o consumo.

Os consumidores devem ficar atentos ao comprar qualquer tipo de produto alimentício e, se encontrarem algum produto com o prazo de validade vencido ou sem o selo de inspeção, podem ligar no disque denúncia 3227-1428 ou 3227-4343, da Delegacia do Consumidor.



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