O servente de pedreiro, Ademar Romero, foi a júri popular na manhã de ontem, em Vilhena, no Fórum Desembargador Leal Fagundes, sob a acusação de matar o colega de trabalho, Anísio Pereira de Andrade, de 44 anos, na noite do dia 23 de novembro do ano passado no quarto hotel que dividiam. Os dois, que são de Ji-Paraná e estavam na maior cidade do Cone Sul para realizar um serviço pela empresa em que trabalhavam, e após o crime, por volta das 21h do dia 23, Ademar Romero, deixou o hotel e sumiu, fato que comprovou a linha de investigação da Polícia Civil (PC) de que ele havia planejado o crime. O servente foi condenado há 14 anos de prisão.
O corpo de Anísio Pereira de Andrade foi encontrado na tarde do dia 24 de novembro, pelas zeladoras da empresa. Ele estava deitado em uma das camas com um lençol enrolado no pescoço. A polícia foi acionada e inicialmente trabalhou com duas hipóteses: a primeira era de suicídio e a segunda de assassinato. A primeira possibilidade foi logo descartada pelos policiais, uma vez que a vítima dividia quarto com o colega até então considerado suspeito, que deixou o local do crime na noite anterior ao corpo ser encontrado. Os policiais não conseguiram encontrar Ademar Romero em Vilhena, e pediram à Justiça sua prisão preventiva.
As investigações correram em segredo por todo o tempo, e a cada passo desvendado pelos policiais, creditava-se à autoria do crime ao único suspeito. Ademar, logo depois do homicídio, fugiu para a cidade de Cacoal, e em seguida tentou se refugiar no estado de São Paulo. Pelo fato de ter prisão decretada, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) conseguiu capturar Ademar Romero no município de Várzea Grande (MT). A defesa do acusado alegou que ele agiu em legítima defesa, mas a tese não foi acatada pelo júri. Um ponto que pesou contra Ademar, foram as provas encontradas pelos investigadores, entre elas um bilhete no local do crime, escrito: “Sujeito que não é homem tem que morrer”. (RÔMULO AZEVEDO)