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PLANTÃO DE POLÍCIA

Vilhena: Agricultor é condenado a 17 anos por duplo homicídio

Legítima defesa e ação sob violenta emoção. Estas foram as duas teses utilizadas pela defesa do réu Tharly Ribeiro, de 27 anos, na..

Por Rômulo Azevedo Repórter do Diário da Amazônia
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Publicado: 24/11/2014 às 09h36min | Atualizado 26/04/2015 às 20h48min

Tharly Ribeiro, de 27 anos, durante seu julgamento no Fórum Desembargador Leal Fagundes ouve a sua sentença

Tharly Ribeiro, de 27 anos, durante seu julgamento no Fórum Desembargador Leal Fagundes ouve a sua sentença

Legítima defesa e ação sob violenta emoção. Estas foram as duas teses utilizadas pela defesa do réu Tharly Ribeiro, de 27 anos, na manhã da útima quinta-feira durante seu julgamento no Fórum Desembargador Leal Fagundes. O acusado confirmou ao Ministério Público (MP) bem como aos jurados presentes na audiência que ele foi o autor dos homicídios do pedreiro Sílvio Schmitka, 36, e de seu sobrinho Cleiton Schmitka, 24, no começo de junho deste ano, na área rural do município de Vilhena, após um desentendimento entre as vítimas.

A acusação, feita pelo promotor de justiça Elício de Almeida, pedia a condenação do réu por duplo homicídio qualificado, uma vez que ele teria feito uma emboscada para cometer os dois assassinatos, sem chance de defesa às vítimas.

A tese do MP foi acatada pela equipe de jurados, e a juíza que comandou o julgamento Liliane Pegoraro Bilharva fixou a pena de Tharly Ribeiro em 17 anos e seis meses em regime inicialmente fechado.

O advogado dele, José Francisco Cândido, disse que irá recorrer da decisão, uma vez que o laudo pericial produzido pela Polícia Civil (PC) após o crime não comprova que o réu usara de emboscada para atingir as vítimas. Tharly está na cadeia pública de Vilhena desde a época do crime, quando se entregou às autoridades locais. A juíza não concedeu a ele o direito de recorrer em liberdade. Por conta da decisão, o autor dos dois assassinatos será transferido para o Centro de Ressocialização Cone Sul.

À época dos crimes, o delegado de Polícia Civil, Núbio Lopes Oliveira, explicou à imprensa, depois que Tharly se apresentou à polícia e passou por um interrogatório, que o assassino confessou que teve uma discussão com Silvio Schmitka, que segundo Tharly teria ameaçado e discutido com seus familiares no momento em que ele estava realizando uma caçada. Tharly disse, ainda, que ao retornar ficou sabendo do que havia acontecido, e pegou sua caminhonete e foi para a estrada do sítio onde estava, com a intenção de conseguir sinal de celular para contatar a Polícia Militar (PM).

Discussão

Tharly disse, ainda, que encontrou tio e sobrinho na estrada, onde iniciou uma discussão com Silvio. Ainda segundo Tharly, ele e Sílvio começaram uma briga. Silvo estaria com uma espingarda, a qual foi tomada de suas mãos pelo assassino, que disparou um tiro no peito da vítima, e em seguida contra o sobrinho, que também estava armado, de acordo com o autor dos crimes.

O tiro em Cleitom acertou o rosto, e o matou na hora. Silvio ainda ficou agonizando, e com a faca que carregava consigo, Tharly o degolou. Os corpos e a motocicleta utilizada pelas vítimas foram colocados sobre a carroceria da caminhonete e jogados em um local menos movimentado, onde foram encontrados logo em seguida.



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