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Editorial

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Publicado: 11/05/2019 às 08h35min

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Violência crescente gera insegurança

Apesar do destaque negativo, as providências anunciadas parecem não ter surtido efeito.

A sensação de insegurança em Rondônia é tão grande que a população já passa a fazer justiça com as próprias mãos. Ontem, um bandido foi morto e outro ferido e prso, após cometerem assalto numa empresa em Porto Velho. No primeiro trimestre deste ano, o Estado figurou na liderança dos mais violentos do País. Apesar do destaque negativo, as providências anunciadas parecem não ter surtido efeito.

Assaltos aos comércios tem crescidos e os empresários, que já amargam vendas baixas e custos altos, precisam investir em segurança privada, aumentando as despesas dos negócios e gerando mais confrontos. Se na Zona Norte houve ação do tipo ‘justiceiro’, o mesmo não ocorreu na Zona Leste em que outro empresário morreu durante assalto em seu estabelecimento.

Essas modalidades criminosas tinham reduzido na Capital. O que tem se percebido é que os bandidos são reincidentes, o que demonstra fragilidade no sistema prisional, que além das dezenas de fugas, vive a pressão do crime organizado e com a disputa das facções criminosas nos domínios das celas. O crescimento da violência reflete também outra fragilidade do Estado. A segurança pública não tem conseguido baixar as estatísticas.

Se nas cidades a violência está crescendo, no campo não tem sido diferente. Os conflitos agrários também mancham o nome do Estado. Na recente cartilha da CPT (Comissão Intereclesiástica de Pastoral da Terra), Rondônia perdeu apenas para o Pará em violência no campo. E tem mais: Rondônia ocupa o segundo lugar no ranking da violência doméstica da região norte, ficando atrás do estado de Roraima, se tornando no panorama geral o quarto estado com maior número de agressões do Brasil.

O que fazer para viver em paz numa terra que tem seguido o perfil de faroeste urbano e rural? No mínimo ter a garantia de ir e vir com segurança, na certeza de voltar vivo para casa. Esse é um problema urgente que precisa de ação emergente. Não dá para esperar e ver no que vai dar.


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