Porto Velho/RO, 20 Março 2024 17:44:49

Violência que pesa no bolso dos governos

Um estudo sobre o gasto com a segurança pública será divulgado nesta terça-feira pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O..

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Publicado: 11/11/2014 às 15h38min | Atualizado 17/04/2015 às 15h28min

Um estudo sobre o gasto com a segurança pública será divulgado nesta terça-feira pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O documento inclui dados sobre o custo com a violência e aponta alternativas que podem contribuir na redução do impacto com a violência no Brasil. Conforme divulgou ontem o jornal “O Globo”, se for considerada a população, o Estado que mais investiu no setor foi o Acre, com R$ 486 por habitante. São Paulo gastou apenas R$ 212 per capita. Rondônia foi o segundo em despesa per capita, com R$ 476; e o Rio, o terceiro, com R$ 429.

O Rio, segundo a matéria, também foi um dos Estados que mais aumentaram o gasto na área: 24,75%. O montante total investido passou de R$ 5,64 bilhões para R$ 7,03 bilhões, consolidando o Estado em segundo no ranking dos que mais destinaram dinheiro para a segurança pública em valores absolutos. Ao que parece, o aumento do gasto na segurança não significa que os Estados estão de fato fazendo o dever de casa. Especialistas ouvidos sobre o assunto dizem o contrário. Se o Estado gasta mais com segurança, significa que outros setores estão deixando de receber investimentos. Alguns governos, para frear o avanço da criminalidade, acabam retirando recursos da educação.

Esse ano, o Brasil acompanhou uma onda de ataques promovidos por traficantes no Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Alguns líderes de facções criminosas ligadas ao PCC foram transferidos para outras unidades prisionais – inclusive para o presídio federal de Porto Velho. Para cada transferência de presos, a União mobiliza centenas de policiais federais e monta uma verdadeira operação de guerra, com o uso de aeronaves no transporte de presos. São desembolsados da União algo em torno de R$ 100 mil.

O estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública merece uma atenção especial e precisa ser compartilhado com os atuais governos e futuros governadores que tomam posse no próximo dia 1 de janeiro. Muitos programas implantados nos governos acabam sendo excluídos pelos sucessores por questões partidárias. Esse tipo de gestão precisa acabar e programas devem ter sequências nos governos. O Congresso Nacional precisa colocar para votar uma lei que impede esse tipo de prática nos governos.



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