1. A conversão ao cristianismo é crime.
As pessoas que deixam o islamismo e se convertem ao cristianismo podem enfrentar prisões e até a pena de morte, de acordo com a lei islâmica do Irã. Quando acontecem casos assim, os juízes islâmicos iranianos geralmente recorrem a versos do Alcorãoe Hadith (ditos e atos de Maomé) para justificar seus vereditos.
Com ações como essas, o Irã viola sistematicamente a Lei Internacional de Liberdade Religiosa dos EUA e é por isso que, desde 1999, os americanos designam a República Islâmica como “país de preocupação”.
O General do Irã Qassem Soleimani, nunca tomou nenhuma medida contra os milhares de assassinatos no Irã durante a última década. O próprio chefe das Forças Armadas iraniana foi conivente com o Estado Islâmico na perseguição, tortura e morte dos cristãos convertidos no território iraniano.
Ele também foi um assassino a sangue frio de americanos, responsável pela morte de centenas de militares durante a guerra do Iraque. De acordo com uma declaração do Pentágono, Soleimani estava desenvolvendo planos para atacar diplomatas e militares americanos no Iraque e em toda a região, o que não é difícil de acreditar, já que esse era o trabalho dele.
2. Violações de direito religioso.
As denúncias estão em um relatório do Artigo 18, uma ONG iraniana que promove a liberdade religiosa:
“Os agentes de prisão se apresentaram como agentes do Ministério da Inteligência (MOIS). Eles invadiram as casas dos cristãos em uma operação coordenada por volta das 9 horas da manhã, confiscando Bíblias, literatura cristã, cruzes de madeira e imagens com símbolos cristãos, junto com laptops, telefones, todas as formas de cartões de identidade, cartões bancários e outros pertences pessoais”, diz o texto.
“Os agentes de detenção também revistaram os escritórios de trabalho de pelo menos dois cristãos e confiscaram discos rígidos de computador e gravações de câmeras de segurança”.
As famílias cristãs são geralmente desumanizadas e humilhadas na comunidade durante os ataques do agente. Como o relatório do Artigo 18 explica: “Os policiais teriam tratado os cristãos com severidade, mesmo que crianças pequenas estivessem presentes durante as prisões”.
3. Pastor e oito cristãos são condenados a 5 anos de prisão.
O Tribunal Revolucionário do Irã condenou nove cristãos a cinco anos de prisão cada, sendo um pastor e oito fiéis. O motivo da prisão é o fato deles serem ex-muçulmanos convertidos.
A informação foi dada pela organização Iran Human Rights Monitor que revelou na semana passada a sentença dos cristãos que foram presos entre janeiro e fevereiro de 2019.
A República Islâmica do Irã tem uma lei que proíbe que muçulmanos se convertam ao cristianismo. Por esta razão foi que o chefe do Tribunal Revolucionário de Teerã, Mohammad Moghiseh, condenou Matthias Haghnejad (pastor), Shahrooz Islamdust, Behnam Akhlaqi, Babak Hosseinzadeh, Mehdi Khatibi, Khalil Dehghanpour, Hossein Kadivar, Kamal Naamanian e Mohammad Vafadar.
A conversão deles fizeram com que as autoridades os acusassem de “agir contra a segurança nacional” e “promover o sionismo”. Segundo o Christian Solidarity Worldwide, o pastor Haghnejad era perseguido desde 2006 por conta da sua conversão e pela realização de cultos na cidade de Rasht.
No dia da sua prisão, em 10 de fevereiro, ele foi pego dentro da própria igreja e os policiais confiscaram Bíblias e telefones celulares de quem estava no culto.
4. A situação dramática dos cristãos.
Não é novidade que a situação dos cristãos no Irã e Iraque é dramática. A perseguição vem de muito tempo. Para se ter uma ideia, antes do conflito, vivia no país mais ou menos 1,5 milhão de caldeus, sírio-católicos, sírio-ortodoxos, assírios orientais, católicos e ortodoxos armenos. Hoje, particularmente após a ascensão dos sunitas, esse número não passa de 400 mil.
A diferença do quadro anterior para o atual estado da região, no entanto, é enorme. Hoje, está no poder um grupo que fala abertamente de tomar o mundo, ensinando crianças a guerrear, obrigando as pessoas a aceitarem uma única religião e perseguindo sem escrúpulos as minorias religiosas do Oriente Médio, especialmente os cristãos.