A situação ocorreu na última quarta-feira (23). Ela registrou no boletim de ocorrência que tinha saído do trabalho e entrava no próprio carro quando um homem a abordou e arrancou o adesivo do veículo.
“É claramente uma atitude que a gente sabe que é partidária e defende um lado e que desmerece tudo que o outro faz. Eu tomei as medidas cabíveis e fiz um BO. Com as palavras do delegado, só vai servir se as imagens de segurança registraram o tapa e o rosto dele”
Adesivo
O cartaz no vidro do carro trazia a imagem de uma onça-pintada em meio às queimadas e tinha os dizeres “O Pantanal pede socorro”.
“Ele ainda me perguntou ao arrancar o adesivo: ‘está bom para você’ “. Ela relatou à polícia que depois da ação, o agressor saiu andando pela avenida xingando a vítima. Quando Bianca parou no cruzamento, o suspeito teria se aproximamente novamente, esfregou o adesivo nas partes íntimas dele e jogou na vítima.
Bianca conta que ainda foi agredida com um tapa no rosto enquanto tentava fechar a janela do carro.
Ela pediu para que a polícia analisasse as câmeras de segurança da região na tentativa de identificar o suspeito.
“Vou continuar com as campanhas. Se a intenção dele era que eu parasse, ficasse com medo e parada, não funcionou. As campanhas continuam. Agradeço ao carinho de todos”, declarou.
Recorde de focos
O Pantanal já registra o número mensal mais alto de focos de incêndio desde o início da série histórica, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 1998: foram 6.048 pontos de queimadas registrados no bioma desde o dia 1º de setembro até quarta-feira (23), o dado mais recente. O recorde mensal anterior era de agosto de 2005, quando houve 5.993 focos de incêndio no bioma.
Em comparação a 2019, quando setembro teve 2.887 focos detectados em 30 dias, o mesmo mês de 2020 já apresenta uma alta de 109%. O número de focos neste mês está 211% acima da média histórica do Inpe para setembro, que é de 1.944 pontos de incêndio.
Este mês já era o setembro com mais focos de incêndio no bioma. Em agosto, foi registrado o segundo maior número de queimadas para o mês; julho também registrou um recorde mensal.
(G1)