Disciplina indiana de cerca de 5,5 mil anos, o yoga é uma das práticas corporais e mentais mais estudadas pela ciência. Ao longo dos anos, diversos estudos globais revelaram que a técnica é capaz de promover benefícios reais à saúde, entre eles a redução de estresse e ansiedade e o controle de fatores de risco de doenças cardiovasculares, como hipertensão e colesterol LDL alto.
A palavra “yoga” se origina do idioma sânscrito e significa unir, integrar e comungar. Por meio de exercícios posturais e técnicas de respiração e meditação, a prática indiana tem como objetivo proporcionar equilíbrio entre corpo e mente.
As ásanas, posturas físicas, constituem umas das principais ferramentas do yoga e trazem sensações de relaxamento, expansão da consciência corporal, força e resistência muscular.
Atualmente, existem diferentes variações do yoga. Algumas delas, como o hatha yoga, trabalham movimentos suaves e focam mais nos exercícios de meditação. Outras técnicas utilizam movimentos corporais intensos e dinâmicos.
A professora Rose Queiroz, que pratica yoga há 22 anos, explica que para conseguir resultados na prática, é necessário ter determinação, pois, os resultados vêm com o passar do tempo. “O yoga é uma técnica que permite integrar o corpo e a mente por meio de exercícios, que precisam ser feitos regularmente, muitos dos meus alunos chegam com um histórico de depressão, também tenho muitos pacientes da melhor idade e, é visível a mudança que a prática promove na vida dessas pessoas”, disse a professora.
Os benefícios do yoga são inúmeros, Agora, a novidade mais recente, divulgada por pesquisadores da Universidade Federal do ABC, Universidade de São Paulo, Universidade de Harvard (USA) e Instituto do Cérebro do Hospital Israelita Albert Einstein, é que o yoga também pode contribuir para a prevenção do declínio de funções cognitivas, associadas à memória e à concentração, durante o envelhecimento.
Essa conclusão é resultado de uma pesquisa realizada em cooperação internacional entre as instituições, que avaliaram as atividades cerebrais de 42 pacientes idosas, com idades e condicionamentos físicos semelhantes. No entanto, metade das voluntárias praticava yoga há oito anos e a outra metade não era adepta desta técnica ou qualquer outra atividade física similar.
Ao verificarem os exames de ressonância magnética das voluntárias, os cientistas observaram que as praticantes de yoga apresentavam maior espessura do córtex pré-frontal – região cerebral associada à atenção e à memória – o que indica um melhor funcionamento dessas funções.
Segundo os pesquisadores, como o yoga é uma atividade física e mental que estimula a concentração e memória instantânea, é possível que a técnica esteja potencialmente envolvida em mudanças positivas na estrutura e no funcionamento do cérebro.
