Porto Velho/RO, 01 Abril 2024 15:35:06
Diário da Amazônia

Aline, a menina que se descobriu artista

“Eu vi um quadro de Aline na parede do restaurante, e a convidei para pintar comigo.”

Por João Zoghbi Diário da Amazônia
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Publicado: 08/10/2017 às 06h20min

Aline, a menina que se descobriu artista pelo olhar e a oportunidade concedida pela artista Rita Queiroz: “Eu vi um quadro de Aline na parede do restaurante de sua mãe e, a convidei para pintar comigo na sala de recepção de minha exposição permanente no Museu da Memória Rondoniense – Mero”. Segundo a artista, o quadro de Aline lhe chamou muito a atenção, depois de vários dias em que foi almoçar no restaurante de sua mãe, ‘eu a via ajudando sua família na cozinha do restaurante e perguntei a sua mãe quem teria pintado aquele quadro na parede e ela me respondeu com muito orgulho de que fora, Aline, de 17 anos, sua filha, feito num trabalho de escola, achei muito bonito de linhas inocentes, simples, mas de uma força espiritual e talento muito grande, assim a convidei para pintar comigo no atelier improvisado em minha sala de exposição permanente lá no Mero”’, com muita satisfação Rita relatou o encontro.

“Quando vi aquela senhora me chamando para falar sobre meu quadro, me senti diferente, sei lá, um frio na barriga parecia que eu já sabia que ela ia me dizer algo de muito bom, foi aí que veio, nem acreditei, o convite”.

Há três meses no atelier da mestra Aline já produziu 16 obras em óleo sobre tela, estilo moderno de variadas técnicas incluindo espatulado, inspirados nas obras de Rita e de outros autores numa singela releitura com muito esmero e dedicação, na busca de aprender e desenvolver sua própria técnica. “Vou passar meus conhecimentos para ela, é uma menina de muito talento, uma artista nata e, o mais interessante é o espírito de luta que ela tem e promete levar em frente as causas culturais”.

‘Filha de artista, artista é’. Fui indagando e descobri seu ‘DNA’ de artistas, seu avô e ‘dois’ dos ‘seis’ irmãos são músicos: Iago é guitarrista; César, estudante de arquitetura, toca contrabaixo e Aline, pasmem, herdou do avô Esmeraldino Viana, toca bateria.
Mesmo que ela tenha, já escolhido ser veterinária, como ofício profissional, promete à mestra que, seguirá em paralelo, a carreira brilhante de ‘artista plástica’, por se sentir honrada pelo reconhecimento e descoberta do seu talento pela artista Rita Queiroz.

“Antes eu desenhava à lápis sobre papel em preto e branco de temas variados, na minha escola ‘Risoleta Neves’, na aula de Educação Artística tínhamos aula de desenho, estudo de perspectiva (ponto de fuga) isso me ajudou muito quando comecei a pintar paisagem”, diz a aluna e acrescentou a mestra: “Essa base lhe deu melhor visão na composição, estudo de luz e sombra dando mais volume e melhor acabamento à obra, me surpreendi com os resultados”.

Agora dona Creuza Viana Guimarães, lá do restaurante ‘Bob’ próximo ao mercado do ‘Um’, está muito feliz e orgulhosa com sua filha, a menina Aline Maria Viana Guimarães, a Aline.



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