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Diário da Amazônia

Animais peçonhentos invadem quintais

Período chuvoso, é propício ao surgimento de aranhas, cobras e escorpiões.

Por Assessoria
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Publicado: 21/01/2018 às 06h50min

Capitão Samuel, do Corpo de Bombeiros, orienta a população a ligar para o 193 (Foto: Jeferson Mota / Secom)

Imagine o dono do carro chegando à garagem e se deparando com a cobra ou o bicho-preguiça embaixo do carro ou mesmo no motor. E a dona de casa que encontra uma aranha na entrada do banheiro?

É tempo de escorpião, aranha, lacraia e cobras. Cobras cipó e jiboia rondam os quintais de Porto Velho. Em busca de proteção, alguns bichos procuram áreas secas e ambientes quentes, e aí passam a conviver com seres humanos.

“Fechem as portas, isso evita que esses animais entrem em suas casas”, recomendou o comandante do Subgrupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros, capitão bombeiro Samuel Araújo.

No ano passado, Rondônia teve 974 ocorrências de capturas de bichos e sua devolução à natureza. Em Porto Velho foram 64 casos.

Preventivamente, após possíveis sustos, as pessoas podem dispor do trabalho do subgrupamento, que está sempre pronto para agir, explicou o capitão Samuel.

As áreas com maior frequência de bichos são os bairros Baixa da União, Balsa e Triângulo, mais sujeitos à cheia do rio Madeira, mas há ocorrências em outros pontos periféricos, informou o comandante.

“Às crianças, recomendamos: não toquem o animal ou aracnídeo, avisem os pais para acionarem o telefone 193, e a equipe irá capturá-los”, ele apela.

Os mais comuns capturados no período: bicho-preguiça; cobra cipó e jiboias; mucuras; e, remotamente o jacaretinga (Caiman crocodilus), todos bem conhecidos da população.

Divisão de tarefas

Termo de ajuste de conduta firmado com o Ministério Público Estadual estabeleceu para a Secretaria Estadual do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), apoiado pelos bombeiros, a captura de animais silvestres. Coube à Polícia Militar Ambiental cuidar disso na zona rural, e ao Centro de Zoonoses no município de Porto Velho.

Frequentemente, animais peçonhentos aparecem próximos ou até dentro em casas e apartamentos, especialmente aqueles localizados próximos às áreas verdes.

Picadas de animais peçonhentos provocam inchaço, vermelhidão, coceira e dor. Algumas espécies levam a pessoa a ter diarreia, vômito, problemas renais e até diminuição da pressão arterial.

Mesmo assim, a consciência conservacionista é regra entre os bombeiros. “Animais peçonhentos, aranhas e escorpiões são devolvidos à natureza, e quando há situações de animais feridos, encaminhamos ao Ibama para cuidados veterinários, e em seguida eles voltam para o mato.”

As áreas mais comuns eleitas para a devolução são as proximidades do Parque Ecológico e as matas ao longo da BR-319, depois da ponte do rio Madeira, rumo a Humaitá (AM).

O quartel do subgrupamento fica na Estrada do Belmonte, confluência com avenida Farquhar explica que este é o período do ano em que eles estão mais visíveis aqui e noutras regiões do País.



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