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RONDÔNIA

Artesãs reivindicam investimentos

O galpão utilizado pelas artesãs na feira do sol precisa de melhorias para receber os turistas.

Por Jaylson Vasconcelos Diário da Amazônia
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Publicado: 17/02/2018 às 07h15min

A feira de artesanato é realizada em um dos galpões do complexo da Estrada de Ferro (Foto: Roni Carvalho/Diário da Amazônia)

Desde 2011 os artesãos de Porto Velho tem a oportunidade de expor os seus trabalhos na feira do sol em espaço da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Os artesãos que difundem a arte e cultura da região Amazônica agora reivindicam melhorias aos órgãos públicos. Artesanatos em biscuit, madeira e pedraria, além de peças feitas com cipó Titica e Himbé, encontrados na região amazônica, fazem parte da diversidade do artesanato do Estado e estão expostos todos os dias em estandes no segundo galpão da EFMM, mas a falta de visibilidade tem incomodado os artesãos, que afirmam que depois da cheia de 2014 o movimento não é mais o mesmo.

Os artesanatos passam despercebidos para os visitantes menos atentos, porque não existem placas para informar a presença da feira. Segundo a vendedora Socorro Ramos, é necessário que seja investido mais no ambiente, argumentando que é a arte de toda uma região que está sendo exposta. “Precisamos de um lugar mais organizado, que tenha uma divulgação maior. O pessoal acaba não conhecendo a feira porque não existe nenhuma sinalização informando que estamos aqui. Nunca fomos assaltados, mas ainda fico com medo. A vigilância poderia ser maior, um posto policial seria ideal. Essa é a história do nosso povo transformada em arte e deveria ser mais valorizada”, pontua a vendedora.

A displicência para com a Estrada de Ferro impede que a população de Porto Velho frequente o lugar. Falta de iluminação e segurança estão entre os principais motivos. Já para os artesãos, o local não oferece conforto e em épocas de calor se torna impossível permanecer dentro do galpão. No último sábado (10), por conta da forte chuva que caiu em Porto Velho, o galpão ficou completamente inundado. Foi preciso que os vendedores cobrissem e elevassem os estandes para não perderem os artesanatos.

Atualmente cerca de 20 artesãos trabalham na feira e, para os vendedores, existe movimento, com uma média de três mil pessoas por semana, mas é necessário que haja maiores investimentos e organização no local, com iluminação adequada e vigilância. A limpeza do lugar é feita pelos próprios artesãos, já os banheiros que foram devastados pela grande cheia foram substituídos por banheiros químicos, algo que tem incomodado os expositores.

Marlene Marques aposta no processo de revitalização

Ex-presidente quer melhorias para a feira

Para Marlene Marques, a Estrada de Ferro precisa de uma renovação, e o galpão de alguns ajustes para melhor receber os turistas. Segundo ela, não existe outro lugar para vender seu artesanato. Emocionada, ela defende a conservação do patrimônio histórico. “Não queremos que mude a estrutura do complexo, mas é necessário que tenha uma revitalização. Nós, que somos filhos da terra, sabemos como dói ver o nosso patrimônio abandonado porque isso é parte da nossa história. A revitalização deve preservar os trilhos e dormentes, não quero que a feira saia daqui, esperamos melhorias para a nossa feira, mas a revitalização precisa preservar a nossa história”.

O Diário da Amazônia entrou em contato com a Subsecretaria Municipal de Indústria, Comércio, Turismo e Trabalho de Porto Velho (Semdestur) para obter informações sobre quais as melhorias na feira do sol com a nova revitalização do complexo, mas até o fechamento desta edição, não obteve resposta.



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