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Diário da Amazônia

Black start de Jirau é aprovado pelo ONS

Teste realizado anualmente teve o maior número de turbinas testadas do País.

Por Assessoria
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Publicado: 22/09/2017 às 06h50min

A Energia Sustentável do Brasil (ESBR) comemorou na Usina Hidrelétrica (UHE) Jirau o sucesso do quarto teste de autorrestabelecimento, chamado Black Start, que tem o objetivo de comprovar a capacidade das unidades geradoras (UGs) de iniciar o seu restabelecimento sem necessidade de qualquer fonte de energia externa, após desligamento total do sistema elétrico.

O teste, realizado no dia 16 de agosto, é uma exigência prevista no procedimento de rede definido pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para usinas estratégicas, as quais devem realizar o autorrestabelecimento em tempo hábil mediante a situação de blecaute. Este teste é anual e feito na UHE Jirau desde 2014.

De acordo com o gerente de Operação da ESBR, Carlos Alberto Cardoso, para que o teste seja aprovado, uma usina hidrelétrica deve realizar o autorrestabelecimento atendendo a um tempo máximo de 30 minutos e a UHE Jirau alcançou um tempo inferior a 20 minutos.

“Os resultados foram bastante positivos, pois o teste ocorreu com 13 máquinas, o maior número de unidades geradoras já testadas em âmbito nacional, além de termos conquistado o tempo abaixo do estabelecido pelo ONS”, destacou.

Os testes foram executados em duas etapas. Na primeira ocorreu o teste individual com o desligamento de apenas um transformador e suas unidades geradoras, quando então é medido o tempo em que o gerador a diesel de emergência alimenta todos os auxiliares de uma UG fazendo com que esta turbina inicie seu funcionamento. Na segunda etapa foi realizado o teste simultâneo, quando foram desligadas e desconectadas do sistema todas as 16 UGs disponíveis da margem esquerda da Usina, simulando o mais próximo possível da condição operativa de uma perturbação geral.

Para a UHE Jirau, o principal benefício é a possibilidade de normalizar todos os equipamentos após um desligamento geral, utilizando apenas os recursos internos. No entanto, as vantagens também se estendem a todo o Sistema Interligado Nacional (SIN).

“Caso houvesse um apagão geral ou um apagão regional, como já ocorridos anteriormente, a UHE Jirau teria plena capacidade de se autorrestabelecer, mantendo as UGs em pronto estado para sincronismo, fato que proporciona ao sistema interligado sua recomposição rápida”, explicou Carlos Alberto. “Todas as implementações que possibilitaram a realização da atividade partiram dos profissionais da ESBR, não sendo necessária a contratação de mão de obra externa, comprovando o alto nível de qualidade da equipe”, concluiu.

Este teste de Black Start da UHE Jirau contou com o acompanhamento do Técnico da Pré-operação do ONS de Brasília, André Luis Alves, que comprovou os tempos obtidos e aprovou seus resultados.



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