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Diário da Amazônia

Bloco Pirarucu do Madeira, essência do carnaval de rua

Só quem viveu os carnavais dos anos 50, 60 e 70 do século passado sabe o quanto o desfile do bloco Pirarucu do Madeira 2018 foi..

Por Sílvio Santos Diário da Amazônia
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Publicado: 06/02/2018 às 06h35min | Atualizado 17/11/2018 às 22h53min

Segismundo e Luciana (c) idealizadores do bloco com Maria da Chave e Ismael abre ala

Só quem viveu os carnavais dos anos 50, 60 e 70 do século passado sabe o quanto o desfile do bloco Pirarucu do Madeira 2018 foi importante para a história do nosso carnaval de rua.

Luciana Oliveira e Ernandi Segismundo tiveram a feliz ideia de relembrar através de estandartes, os blocos que faziam o folião de Porto Velho sair de suas casas, para brincar ou apenas apreciar os desfiles, na Presidente Dutra, Sete de Setembro e depois Carlos Gomes, Pinheiro Machado e por fim, na avenida Farquar. Como era gostoso assistir as disputas dos cordões do Imperial X União Operária; Danúbio Azul Bailante Clube X Guaporé e Ypiranga X Bancrévea Clube.

Três grandes carnavalescos se encontraram no Pirarucu

Em virtude de problema de saúde tinha anunciado que não iria participar do desfile do Pirarucu do Madeira na tarde do domingo passado, até consegui por alguns quarteirões apenas apreciar, sem entrar na folia, porém, com cara de quem não quer nada, a Luciana chegou ao meu ouvido, na esquina da Tenreiro Aranha com a Carlos Gomes e sugeriu: “Canta Ceará de Iracema” de início disse que não conseguiria, mas, a emoção do pedido falou mais alto e de repente, lá estava eu, mais que empolgado, cantando, não apenas o Ceará de Iracema, mas, um bocado de samba-enredo das nossas escolas de samba. O mais interessante foi que não senti nada, segui cantando e sambando por várias quadras e só parei porque o maestro Silvinho Santos disse que estava na hora de voltar às Marchinhas e Frevos.

Banda Puraquê fez maior sucesso tocando marchinhas

Essa foi a essência do carnaval, proporcionada pelo Pirarucu do Madeira este ano, nos transportou para os grandes carnavais de outrora, do bloco Rei da Selva, da irreverência do folião Inácio Campos, das escolas de samba O Triângulo Não Morreu e Deixa Falar e mais recente, os blocos Da Chuva, do Sol, da Múmia e Oxerevause. Já pensou se algum grupo de folião achasse de reviver o estilo de brincar dos “Cobreiros” do bloco da Cobra?

A chuva fina que insistia em cair não conseguiu desanimar os foliões do Pirarucu do Madeira, cada gota de chuvisco, era como se fosse uma dose cavalar de energético e para não deixar a “peteca cair”, a Regiane e a Banda Puraquê mandava de lá: “As águas vão rolar, garrafa cheia eu não quero ver sobrar…”. Agora é esperar sábado dia 10 chegar para mais uma vez brincar o verdadeiro carnaval, no desfile da Banda do Vai Quem Quer.

Os estandartes dos blocos antigos foram atrações



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