Porto Velho/RO, 24 Março 2024 18:20:29
RONDÔNIA

Centrais sindicais mobilizadas hoje

Concentração acontece na praça das Três Caixas D´Água a partir das 8 horas.

Por Daniela Castelo Branco Diário da Amazônia
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Publicado: 28/04/2017 às 05h35min

Trajetória da mobilização que acontece hoje foi traçada pelos sindicatos e CUT

Em meio à insatisfação contra as reformas trabalhista e previdenciária por parte do governo federal, centrais sindicais se preparam para uma nova paralisação de suas atividade hoje (28). A greve vai acontecer em todo o País e é uma forma de protesto contra mudanças nos direitos dos trabalhadores. Em Rondônia, além das centrais sindicais que já anunciaram a greve geral, outras entidades e órgãos, já prometeram paralisar todas as atividades nesta sexta.

A concentração para a mobilização na capital está programada para as 8h da manhã na Praça das Três Caixas D’água, no centro da cidade, com saída prevista para as 10h. O percurso previsto se inicia na Avenida Carlos Gomes (Praça das Três Caixas D’água), segue pela Farqhuar, Sete de Setembro, Marechal Deodoro, Campos Sales, Rua Quintino Bocaiúva, Gonçalves Dias e retorna a Carlos Gomes.

Por conta da paralisação, não haverá aulas nas escolas estaduais e municipais e apenas 30% do serviço de atendimento à saúde será realizado nas unidades. Serviços de bancos não poderão ser realizados. A mobilização pretende parar tudo nessa manhã.
A expectativa pretendida pela organização da mobilização (CUT) é de que 20 municípios participem do movimento e aproximadamente 21 sindicatos representando as mais diversas categorias de servidores públicos já confirmaram presença e segundo João Anselmo, secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações em Rondônia (SINTTEL) e diretor da Central Única dos Trabalhadores de Rondônia (CUT), “a mobilização é a única forma que os servidores têm para fazerem resistência ao ataque praticado aos direitos dos trabalhadores”.

A paralisação é nacional, mas pra Rondônia tem um enfoque especial; conforme explica o diretor da CUT, “os servidores da Assembleia Legislativa do Estado tem uma pauta de interesse maior, na questão da negociação das dívidas do Estado, em que o governo federal está negociando, e dentro dessa pauta, está forçando a fazer a reforma da previdência também no estado. Então, por exemplo, os servidores estaduais estão pra negociar junto a ALE- RO, sobre a questão da reforma previdenciária. Aí nesse bolo, entra a questão do Iperon, Ipam e todas as discussões sobre o tema”

FÓRUM

De acordo ainda com João Anselmo, que está coordenando a mobilização, as centrais sindicais já estão se organizando desde 2013 num Fórum, chamado “Brasil Popular” contra várias ações previstas pelo novo governo federal que vai contra os direitos dos trabalhadores. Dentre as diversas medidas, que serão discutidos na mobilização estão; demissões coletivas, trabalhos temporários permanentemente sem garantia nenhuma, horas-extras que não vão ser mais pagas com jornada maior de trabalho (ocasionado um salário menor), diminuição da hora do almoço do trabalhador (proposto agora em meia hora apenas), roupas estipuladas pelo empregador, extinção do transporte dos empregados, férias à critério do empregador, mudanças nos serviços de terceirização, trabalhadoras grávidas vão ser colocadas em lugares que o empregador determinar e a extinção dos órgãos que regulam e resguardam esses direitos como o fim da Comissão de Conciliação Prévia, fim do processo de rescisão pelos sindicatos e a extinção da gratuidade dos serviços da Justiça do Trabalho.

“Por causa de todas essas ações que mexem diretamente na vida dos trabalhadores, é que vamos parar tudo. Não podemos aceitar esse ataque ofensivo e cruel aos direitos dos trabalhadores. Essa mobilização não é mais política, e sim um protesto, uma resistência para que possamos, quem sabe, dialogar com os poderes públicos sobre essa violação aos direitos dos trabalhadores. Tanto é verdade, que até órgãos e classes que não aderiram à mobilização do dia 15 de março, agora se uniram a nós nessa luta”, destaca João Anselmo.



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