Porto Velho/RO, 21 Março 2024 12:14:59
Diário da Amazônia

De terra fértil e oportunidades, conheça São Miguel do Guaporé

Desbravado por pioneiros, o município cultiva na região soja, arroz, milho e café e desponta na pecuária.

Por Redação Diário da Amazônia
A- A+

Publicado: 15/07/2018 às 06h00min | Atualizado 17/08/2018 às 16h10min

O município foi desbravado por pioneiros que chegaram a essa terra em uma época que Rondônia ainda respondia por território. Mas o tempo passou e hoje a cidade cresceu.


São Miguel do Guaporé é um município do Estado de Rondônia que está em constante crescimento. O nome do município, localizado no eixo da BR-429, surgiu do Rio São Miguel que passa a poucos quilômetros da cidade. A criação de São Miguel do Guaporé ocorreu na data de 6 de julho de 1988. O Município é interligado com outas cidades da Zona da Mata pela RO-481. Hoje, a cidade possui cerca de 30 mil habitantes.

Economicamente, o local desponta no plantio de grãos, na agricultura e na criação de gado.


As terras de São Miguel do Guaporé são férteis para a agricultura. O Município é considerado um dos maiores produtores de soja no Estado de Rondônia. Além da soja, também é cultivado na região o arroz e milho. A produção de café clonal também tem aumentado nas terras dos pequenos produtores rurais.

A economia da cidade tem avançado com a pecuária. Hoje, São Miguel tem cerca de 100 mil cabeças de gado. Outro setor que ajuda na economia é o da bacia leiteira. Segundo o Vice-prefeito de São Miguel do Guaporé, Jair Francisco, o Município tem tudo para ser o que mais se desenvolvido, em quatro anos, no Estado de Rondônia.

Para o empresário Remi de Rós olhar para o horizonte é uma forma de agradecimento.

 


“Aqui nós temos vários tipos de cultura. Nós temos o café clonal que voltou hoje para o pequeno produtor familiar e nós temos os grandes produtores com o incentivo de plantação de grãos. O que está cultivando hoje é uma grande quantidade de soja, milho e arroz. Nós temos também uma área muito produtiva que tem uma porcentagem fundamental para o nosso município que é a pecuária, tanto de corte quanto de leite”, disse Francisco.

O agricultor Josmário Diniz, plantou em uma área de duas hectares, 2.500 mudas do café da espécie clonal que tem se adaptado bem a terra. Segundo Josimário, o resultado foi muito bom e a produção já foi ampliada. “Igual eu plantei essa hectares, já tem mais 4 mil covas que vai produzir esse ano e tem mais 1.500 covas de plantação nova. E eu tenho planos de crescer mais o meu plantio”, disse o agricultor entusiasmado.


A produção do café da espécie clonal também merece destaque. Um exemplo disto fica nessa pequena propriedade. Numa área de dois hectares.


 

São Miguel do Guaporé foi formado por homens que procuravam grandes oportunidades para viver melhor. São Miguel deu teto a muitas famílias que deixaram seus lugares de origens para ir em busca de uma nova terra. A população se deslocava para o local, na época, em um caminhão de pau arara que fazia o transporte das pessoas até aquela região. O final da viagem era no Rio Chaputaia. Porém, para seguir adiante, era necessário entrar na mata e caminhar a pé.

O empresário Lindair Mateus, lembra muito bem como foi o início do Município. “Eu cheguei aqui no da 18 de julho de 1983 no caminhão só Incra. 18 quilômetros daqui. A estrada só ia até o Rio Chaputaia. Do Rio Chaputaia pra cá era tudo picada e nunca tinha passado nenhuma bicicleta”, contou.

Na época, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), doou uma área de 350 hectares, na altura do quilometro 125, para os pioneiros habitarem na região. O órgão foi fundamental para a instalação do município.

“Tinha um executor do Incra que acompanhava, e determinou esses quatro lotes para fazer uma cidade debaixo da mata. E aqui ele foi entregando os lotes em volta, e deixando esse setor dizendo que ali ia ser a cidade e hoje é a cidade”, informou Lindair.


Orgulho! Esse é o sentimento que mais enxerga nesta parte do Estado. Que tem em seu gene o pioneirismo. De gente que não tem medo e nem vergonha de errar, de ousar. São pessoas firmes e que acima de tudo acreditam primeiramente em si. E o mais bonito desse povo é a maneira como levam a vida, de se expressarem, são cidadãos que deitam exaustos por conta do trabalho puxado do dia anterior. Mas, que antes do amanhecer sabem que precisam estar de pé, sem recuar e desanimar tendo a mesma vontade de trilhar por um caminho onde o sucesso é inevitável.


Veja também a reportagem especial:

EXPEDIENTE

Reportagem

Emerson Barbosa

Imagens

Edison Falcão

Edição/Texto

Natália Figueiredo

Sara Cícera



Deixe o seu comentário