São Miguel do Guaporé é um município do Estado de Rondônia que está em constante crescimento. O nome do município, localizado no eixo da BR-429, surgiu do Rio São Miguel que passa a poucos quilômetros da cidade. A criação de São Miguel do Guaporé ocorreu na data de 6 de julho de 1988. O Município é interligado com outas cidades da Zona da Mata pela RO-481. Hoje, a cidade possui cerca de 30 mil habitantes.
As terras de São Miguel do Guaporé são férteis para a agricultura. O Município é considerado um dos maiores produtores de soja no Estado de Rondônia. Além da soja, também é cultivado na região o arroz e milho. A produção de café clonal também tem aumentado nas terras dos pequenos produtores rurais.
A economia da cidade tem avançado com a pecuária. Hoje, São Miguel tem cerca de 100 mil cabeças de gado. Outro setor que ajuda na economia é o da bacia leiteira. Segundo o Vice-prefeito de São Miguel do Guaporé, Jair Francisco, o Município tem tudo para ser o que mais se desenvolvido, em quatro anos, no Estado de Rondônia.
“Aqui nós temos vários tipos de cultura. Nós temos o café clonal que voltou hoje para o pequeno produtor familiar e nós temos os grandes produtores com o incentivo de plantação de grãos. O que está cultivando hoje é uma grande quantidade de soja, milho e arroz. Nós temos também uma área muito produtiva que tem uma porcentagem fundamental para o nosso município que é a pecuária, tanto de corte quanto de leite”, disse Francisco.
O agricultor Josmário Diniz, plantou em uma área de duas hectares, 2.500 mudas do café da espécie clonal que tem se adaptado bem a terra. Segundo Josimário, o resultado foi muito bom e a produção já foi ampliada. “Igual eu plantei essa hectares, já tem mais 4 mil covas que vai produzir esse ano e tem mais 1.500 covas de plantação nova. E eu tenho planos de crescer mais o meu plantio”, disse o agricultor entusiasmado.
São Miguel do Guaporé foi formado por homens que procuravam grandes oportunidades para viver melhor. São Miguel deu teto a muitas famílias que deixaram seus lugares de origens para ir em busca de uma nova terra. A população se deslocava para o local, na época, em um caminhão de pau arara que fazia o transporte das pessoas até aquela região. O final da viagem era no Rio Chaputaia. Porém, para seguir adiante, era necessário entrar na mata e caminhar a pé.
O empresário Lindair Mateus, lembra muito bem como foi o início do Município. “Eu cheguei aqui no da 18 de julho de 1983 no caminhão só Incra. 18 quilômetros daqui. A estrada só ia até o Rio Chaputaia. Do Rio Chaputaia pra cá era tudo picada e nunca tinha passado nenhuma bicicleta”, contou.
Na época, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), doou uma área de 350 hectares, na altura do quilometro 125, para os pioneiros habitarem na região. O órgão foi fundamental para a instalação do município.
“Tinha um executor do Incra que acompanhava, e determinou esses quatro lotes para fazer uma cidade debaixo da mata. E aqui ele foi entregando os lotes em volta, e deixando esse setor dizendo que ali ia ser a cidade e hoje é a cidade”, informou Lindair.
Orgulho! Esse é o sentimento que mais enxerga nesta parte do Estado. Que tem em seu gene o pioneirismo. De gente que não tem medo e nem vergonha de errar, de ousar. São pessoas firmes e que acima de tudo acreditam primeiramente em si. E o mais bonito desse povo é a maneira como levam a vida, de se expressarem, são cidadãos que deitam exaustos por conta do trabalho puxado do dia anterior. Mas, que antes do amanhecer sabem que precisam estar de pé, sem recuar e desanimar tendo a mesma vontade de trilhar por um caminho onde o sucesso é inevitável.
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EXPEDIENTE
Reportagem
Emerson Barbosa
Imagens
Edison Falcão
Edição/Texto
Natália Figueiredo
Sara Cícera