O nível do rio Madeira continua subindo e já incomoda famílias moradoras na zona urbana (Foto: Roni Carvalho/Diário da Amazônia)
Nove famílias já saíram de suas residências devido ao aumento do nível das águas do rio Madeira. De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, Marcelo Santos, das 150 famílias monitoradas, oito deixaram suas residências por conta própria e no Ramal Maravilha uma foi removida pela Defesa Civil. Informações coletadas ontem apontam que a cota do rio Madeira se aproxima dos 16 metros (15,74m), causando preocupação às famílias do perímetro ribeirinho urbano.
Para Chirlene Nascimento, que trabalha como comandante de embarcação no Porto do Cai n’Água e mora próximo ao rio Madeira, não é correto descartar a possibilidade de uma enchente. “A gente sempre fala que a natureza é de Deus, e só Ele que sabe, mas se chover muito esse ano provavelmente vai acontecer uma nova cheia, porque o nível do rio já está acima do comum. Eu já estou em alerta para sair de casa se as águas não pararem de subir”, ponderou.
Acre em situação de emergência
Em Rio Branco (AC), o prefeito decretou, na noite de quinta-feira (15), Situação de Emergência na capital, após forte temporal que atingiu a cidade no início da semana. De acordo com o Acre 24 horas, esse temporal ocasionou a elevação do nível dos rios e igarapés que cortam a cidade, atingindo pelo menos 30 bairros da capital, deixando imóveis e veículos submersos. No decreto consta que choveu mais de 277 milímetros em 10 horas.
Mais de 120 cidades em emergência na Bolívia
As chuvas não param no verão boliviano e o total de mortos já chega a sete no país. Cinco pessoas morreram na cidade Tupiza, na quinta-feira (15). O rio de mesmo nome transbordou, causando o desmoronamento de algumas casas. Quase 15 mil famílias já foram afetadas pelas enchentes dos rios e outras 308 tiveram suas casas destruídas pela força das águas. A região norte da Bolívia é a mais afetada até agora e 126 cidades já decretaram situação de emergência em todo o país. As famílias que cultivam nessa região também foram afetadas, perdendo grande parte de suas colheitas.
No estado de La Paz, o nível do rio Palca também subiu muito e destruiu cerca de 60 casas. A cidade de Palca, que leva o nome do rio, é uma das mais atingidas. Casas, escolas e até mesmo a ponte que dá acesso ao hospital da cidade foram destruídas pela chuva incessante. A Assembleia estadual se reuniu e pediu para que o governador Félix Patzi decrete estado de emergência em todo Estado, segundo informações do jornal boliviano La Razón. A Defesa Civil acionou envio de 16 toneladas de produtos para ajuda humanitária na região. (R7)
