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RONDÔNIA

Erosão ameaça estrada do Belmont

Os riscos de desabamento são atribuídos à erosa na orla do rio Madeira.

Por Jaylson Vasconcelos Diário da Amazônia
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Publicado: 12/11/2017 às 07h00min

O tráfego de veículos pesados pode acelerar o processo de desabamento da estrada do Belmont na orla do rio Madeira Roni Carvalho/Diário da Amazônia

As laterais da estrada do Belmont em Porto Velho ameaçam ceder. Em vários pontos da pista o problema se repete porque nesta época do ano as chuvas provocam o deslizamento, deixando as laterais da estrada completamente desprotegidas. Os riscos de que a estrada desabe é eminente, tendo em vista que não existe nenhuma barreira de proteção ou placas de sinalização para que os motoristas reduzam a velocidade nesses trechos. Todo o percurso é marcado por buracos que, com as poças formadas pela água da chuva, fica impossível saber qual a real dimensão.

Todos os dias os motoristas precisam enfrentar as péssimas condições da estrada, que é uma via muito utilizada por veículos de médio e grande porte (caminhões e carretas) que transportam grãos. Devido ao peso das cargas a estrada, que apresenta inúmeros problemas, não conta com infraestrutura para suportar o peso dos veículos, aumentando ainda mais os riscos de acidentes. A equipe do Diário apurou que na parte de maior risco, localizada a cerca de cinco metros de onde termina o trecho pavimentado, é possível encontrar um imenso abismo. Mesmo com os riscos de desabamento, os motoristas continuam estacionando suas carretas na local.

Ao longo da estrada existem vários trechos que também apresentam riscos de desabamento. A defesa civil interditou os locais críticos no ano passado, mas no barranco mais crítico não restou nenhuma sinalização para alertar os motoristas. Para Marcelo Santos, diretor da Defesa Civil, a área mais crítica é a cratera onde os motoristas estacionam para esperar a vez de carregar as carretas. Para ele, o ponto é avaliado como de alto risco de erosão, podendo desmoronar a qualquer momento. “Nós já fomos notificados e desenvolvemos um laudo onde interditamos parcialmente a beira da estrada e encaminhamos ao DER, que é o órgão competente para providenciar os reparos”, informou o diretor.

Defesa civil prepara novo relatório sobre os riscos

Marcelo Santos acrescentou que no DER já existe uma tratativa para que seja feito um serviço paliativo, levando em conta que no local onde os veículos ficam estacionados existe o fator determinante para acelerar a erosão. “O barranco está avançando muito e com este período de chuvas agrava a situação”, disse o diretor da Casa Civil. Segundo ele, um novo relatório está sendo elaborado para ser encaminhado à Semtran com o intuito de que os caminhões sejam notificados para que não estacionem nas laterais da pista. O Dnit ficará responsável por fazer uma contenção nas margens do rio. “Também já informamos a Delegacia Fluvial e a Marinha para que atuem no sentido de alertar para que as embarcações não atraquem ao lado da estrada”, complementa Marcelo Santos.

 



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