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RONDÔNIA

Capital perde 70% da água tratada

A cada 10 litros de água produzidos pela Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd) em 2012, sete litros foram perdidos em Porto..

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Publicado: 28/08/2014 às 12h55min

A Capital de Rondônia ficou em penúltimo lugar no ranking dos 100 municípios que mais perdem água tratada

A Capital de Rondônia ficou em penúltimo lugar no ranking dos 100 municípios que mais perdem água tratada

A cada 10 litros de água produzidos pela Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd) em 2012, sete litros foram perdidos em Porto Velho, segundo o ranking de Saneamento Básico, desenvolvido pelo Instituto Trata Brasil e divulgado no início desta semana. O estudo revelou a lentidão com que avançam os serviços de água, coleta e tratamento de esgotos no Brasil e constatou que a tão sonhada universalização dos serviços não acontecerá sem maior engajamento e comprometimento dos governos federal, estaduais e municipais. A Capital de Rondônia ficou em penúltimo lugar no ranking dos 100 municípios que mais perdem água tratada, ganhando apenas de Macapá (AP).

O ranking considera perda aquela água que foi tratada e fornecida para consumo, mas que não foi cobrada porque se perdeu em vazamentos, foi roubada em ligações clandestinas ou teve erros na medição. Sem o retorno do dinheiro gasto com energia e produtos químicos para tratar a água, as empresas investem menos na melhoria do sistema. A presidente da Caerd, Iacira Azamor, confirma a perda de 70% da água tratada em Porto Velho. “O nosso maior problema é o furto de água. No próximo mês faremos um contrato para reformar a rede, a fim de minimizar o problema diagnosticado pelo Instituto Trata Brasil. Nosso objetivo é reduzir essa perda para 20%”, expõe Azamor.

Reflexos na saúde dos moradores

Roubo de água é apontado pelo elevado índice de perda

Roubo de água é apontado pelo elevado índice de perda

Porto Velho figura ainda entre as 20 piores cidades brasileiras, uma vez que não possui tratamento de esgoto. A situação do saneamento tem reflexos imediatos nos indicadores de saúde. A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) considera a falta de saneamento adequado um dos mais sérios problemas ambientais e sociais que afetam os municípios brasileiros, refletindo no quadro epidemiológico com altos índices de mortalidade infantil e alta incidência de várias doenças, como dengue, esquistossomose, doença de Chagas, malária, diarreias, verminoses entre outras. A maioria dessas doenças é de fácil prevenção, mas causam muitas mortes, como o caso da diarreia entre crianças menores de 5 anos no Brasil. Os índices de mortalidade infantil também estão associados ao acesso a serviços de água, esgoto e destino adequado do lixo. Por mais que a taxa de mortalidade infantil no Brasil tenha caído 75% entre 1990 e 2012, de acordo com relatório da Organização das Nações Unidades (ONU), os dados preocupam muito.  Em 2000, a ONU estabeleceu os Objetivos do Milênio – ODM, que seriam ações concretas para o desenvolvimento da sustentabilidade do Planeta, incluído melhorias no acesso a água potável e ao saneamento básico até o ano de 2015. Infelizmente houve poucos avanços, quase 40% da população mundial não têm acesso adequado ao saneamento básico.

Doenças de veiculação hídrica 

Transmitidas diretamente através da água, geralmente em regiões desprovidas de serviços de saneamento: cólera, febre tifóide, febre paratifoide, desinteira bacilar, amebíase ou desinteria amebiana, hepatite infecciosa, poliomielite.

Transmitidas indiretamente através da água: esquistossomose, fluorose, malária, febre amarela, bócio, dengue, tracoma, leptospirose, perturbações gastrointestinais de etiologia escura, infecções dos olhos, ouvidos, gargantas e nariz.

Por Laila Moraes

A Capital de Rondônia ficou em penúltimo lugar no ranking dos 100 municípios que mais perdem água tratada

A Capital de Rondônia ficou em penúltimo lugar no ranking dos 100 municípios que mais perdem água tratada

A cada 10 litros de água produzidos pela Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd) em 2012, sete litros foram perdidos em Porto Velho, segundo o ranking de Saneamento Básico, desenvolvido pelo Instituto Trata Brasil e divulgado no início desta semana. O estudo revelou a lentidão com que avançam os serviços de água, coleta e tratamento de esgotos no Brasil e constatou que a tão sonhada universalização dos serviços não acontecerá sem maior engajamento e comprometimento dos governos federal, estaduais e municipais. A Capital de Rondônia ficou em penúltimo lugar no ranking dos 100 municípios que mais perdem água tratada, ganhando apenas de Macapá (AP).
O ranking considera perda aquela água que foi tratada e fornecida para consumo, mas que não foi cobrada porque se perdeu em vazamentos, foi roubada em ligações clandestinas ou teve erros na medição. Sem o retorno do dinheiro gasto com energia e produtos químicos para tratar a água, as empresas investem menos na melhoria do sistema. A presidente da Caerd, Iacira Azamor, confirma a perda de 70% da água tratada em Porto Velho. “O nosso maior problema é o furto de água. No próximo mês faremos um contrato para reformar a rede, a fim de minimizar o problema diagnosticado pelo  Instituto Trata Brasil. Nosso objetivo é reduzir essa perda para 20%”, expõe Azamor.

Demora

O estudo revelou a lentidão com que avançam os serviços de água, coleta e tratamento de esgotos no Brasil.

Reflexos na saúde dos moradores

Porto Velho figura ainda entre as 20 piores cidades brasileiras, uma vez que não possui tratamento de esgoto. A situação do saneamento tem reflexos imediatos nos indicadores de saúde. A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) considera a falta de saneamento adequado um dos mais sérios problemas ambientais e sociais que afetam os municípios brasileiros, refletindo no quadro epidemiológico com altos índices de mortalidade infantil e alta incidência de várias doenças, como dengue, esquistossomose, doença de Chagas, malária, diarreias, verminoses entre outras. A maioria dessas doenças é de fácil prevenção, mas causam muitas mortes, como o caso da diarreia entre crianças menores de 5 anos no Brasil. Os índices de mortalidade infantil também estão associados ao acesso a serviços de água, esgoto e destino adequado do lixo.

Roubo de água é apontado pelo elevado índice de perda

Roubo de água é apontado pelo elevado índice de perda

Por mais que a taxa de mortalidade infantil no Brasil tenha caído 75% entre 1990 e 2012, de acordo com relatório da Organização das Nações Unidades (ONU), os dados preocupam muito.  Em 2000, a ONU estabeleceu os Objetivos do Milênio – ODM, que seriam ações concretas para o desenvolvimento da sustentabilidade do Planeta, incluído melhorias no acesso a água potável e ao saneamento básico até o ano de 2015. Infelizmente houve poucos avanços, quase 40% da população mundial não têm acesso adequado ao saneamento básico.

Perda

A cada 10 litros de água produzidos pela Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd) em 2012, sete litros foram perdidos.

Doenças de veiculação hídrica

Transmitidas diretamente através da água, geralmente em regiões desprovidas de serviços de saneamento: cólera, febre tifóide, febre paratifoide, desinteira bacilar, amebíase ou desinteria amebiana, hepatite infecciosa, poliomielite.
Transmitidas indiretamente através da água: esquistossomose, fluorose, malária, febre amarela, bócio, dengue, tracoma, leptospirose, perturbações gastrointestinais de etiologia escura, infecções dos olhos, ouvidos, gargantas e nariz.



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