Desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (22), o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), determinou aos agentes de combate a incêndios que interrompam os trabalhos em todo o país.
A decisão aconteceu quase dois meses após o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmar que as operações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia e às queimadas no Pantanal seriam bloqueadas.
Horas depois do anúncio o Ministro ele foi desautorizado pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que afirmou que o “ministro teve uma precipitação” e a verba não seria suspensa.
Neste ano as queimadas na Amazônia e no Pantanal atingirem marcas recordes. O número de focos de queimadas registrados na Amazônia de janeiro a setembro foi o maior desde o ano de 2010, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em 2010 foram 102.409 pontos de fogo na floresta de 1º de janeiro a 30 de setembro; em 2020, no mesmo período, foram 76.030.
Segundo o Inpe foi queimado apenas em setembro 14% do Pantanal. Esta também é a maior devastação anual do território causada pelo fogo desde o início das medições, em 2002, pelo governo federal. A área atingida no ano chega a quase 33 mil km².