Rondônia fechou 2017 com o mercado de carne bovina em alta, atingindo a marca de 14 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos, com a pecuária se consolidando como a cadeia produtiva predominante no Estado.
Para 2018, de acordo com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Rondônia (Faperon), Hélio Dias, existe um clima de expectativas quanto ao movimento do mercado interno da carne bovina. Isto levando em conta que o momento é de espera, principalmente ao longo do primeiro trimestre para avaliar o comportamento dos preços.
Segundo Hélio Dias, neste primeiro trimestre de 2018 a tendência é que haja uma oscilação de preços no mercado da carne bovina. O preço da arroba deve oscilar entre R$ 128,00 e R$ 134,00 (boi) e R$ 118,00 e R$ 123,00 (vaca).
Em 2017 a recuperação dos preços aconteceu no segundo semestre, tendo em vista que ao longo de todo o primeiro semestre o mercado sofreu os impactos da operação “Carne Fraca”, desencadeada pela Polícia Federal. O resultado da operação policial derrubou o preço da arroba, além de desestabilizar o mercado e elevar o custo da produção.
No caso de Rondônia, havia cerca de 600 mil cabeças de gado nas propriedades rurais, prontas para o abate e sem mercado. Os novos prazos impostos pelos frigoríficos estavam obrigando os pecuaristas a manter os animais por mais tempo, o que demandou mais gastos com alimentação e outros cuidados.
A Federação da Agricultura e Pecuária de Rondônia apresentou reivindicações ao governo Estadual, argumentando que a taxa de imposto incidente sobre a comercialização do gado fosse reduzida. Um decreto governamental, publicado em agosto de 2017, autorizou a redução do imposto sobre a carne em 80% nas operações interestaduais com gado bovino em pé da produção interna.
A medida contribuiu para restabelecer a normalidade e o mercado interno reagiu positivamente, com os frigoríficos voltando a adquirir bois dos pecuaristas locais. Apesar do momento de expectativa, o mercado continua aquecido.