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Diário da Amazônia

Apoio da população a Temer cai para 3,4%

Em fevereiro o presidente da República contava com mais de 10% dos entrevistados.

Por Veja
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Publicado: 20/09/2017 às 06h40min

Popularidade de Michel Temer despencou de 10,3% em fevereiro para 3,4% neste mês

A nova pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) apresentou queda brusca na defesa do presidente Michel Temer (PMDB), que era apoiado por 10,3% dos entrevistados em fevereiro e agora por apenas 3,4%, cerca de um terço, ante 75,6% de avaliação negativa alcançando os índices mais baixos nos históricos de pesquisas. Outros 18% consideram o governo regular e 3% não souberam opinar.

Sobre condições econômicas para os próximos meses, a expectativa dos brasileiros, segundo a pesquisa, é de estabilidade. Dos entrevistados, 53,2% acreditam que a sua renda mensal “ficará igual” nos próximos meses. Quando o assunto é a situação do emprego, a permanência das condições atuais vence a expectativa de piora por uma curta diferença: 36 a 35,4%. Outros 25,7% acreditam que haverá melhora em um futuro próximo.

Em relação aos indicadores sociais, há mais pessimismo em relação à segurança pública: 45,7% preveem que a situação deve piorar em breve, 36,2% acham que permanecerá como está e apenas 16,6% acreditam em uma diminuição da violência. Já a respeito da saúde e da educação, a maior parte dos entrevistados aposta que a situação continuará igual: 40,3% e 43,6% respectivamente.

Principal discurso político do governo Temer, a agenda de reformas não encontrou apoio popular entre as 2.002 pessoas questionadas no levantamento, que tem margem de erro de 2,2% para mais ou para menos. Entre os entrevistados, 80% acreditam que as propostas do presidente não são as necessárias para o País. Investigação que movimenta o cenário político brasileiro, a Operação Lava Jato é apoiada por 78,5% dos entrevistados.

Para a CNT, a conclusão do estudo, além do aumento da percepção negativa sobre o presidente da República, é que “há percepção de que o País se encontra em crise e fora de rumo do ponto de vista político. Em relação ao emprego, as melhoras na economia são percebidas de forma tímida pela população”.

Lula se mantém na liderança em todos os cenários

Mesmo condenado em julho a nove anos e seis meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue liderando todos os cenários em que é citado para as eleições de 2018, segundo a pesquisa CNT/MDA. Nas três simulações feitas para o primeiro turno, o ex-presidente oscila pouco, entre 32% e 32,7% das intenções de voto. Em segundo lugar, com 18%, está o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que em fevereiro estava entre a terceira e quarta posição com cerca de 11%, em todos os cenários.

Antes vice-líder, a ex-senadora Marina Silva (Rede) aparece em terceiro lugar em todos os cenários. A diferença entre as simulações fica por conta do candidato escolhido para representar o PSDB: muito atrás dos correligionários, o senador Aécio Neves (MG) seria a escolha de apenas 3,2% dos eleitores, enquanto o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito paulistano, João Doria, têm 9,4% e 8,7%. Outro candidato pesquisado, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) fica em quarto no cenário que inclui Aécio e em quinto caso enfrente Alckmin ou Doria, com intenções de voto que vão de 4,6 a 5,3%.
No cenário de pesquisa espontânea, em que não é apresentada uma lista de candidatos ao eleitor, Lula lidera com 20,2% das intenções de voto e Jair Bolsonaro, 10,9%. Citado de forma espontânea pela primeira vez, João Doria vem em terceiro, mas distante dos dois primeiros, com 2,4%. Na sequência, Marina Silva tem 1,5%; Geraldo Alckmin e Ciro Gomes, 1,2%; o senador Álvaro Dias (Podemos), 1,0%; o presidente Michel Temer (PMDB), 0,4%; e Aécio Neves, 0,3%. Do total, 37% se disseram indecisos, brancos e nulos somam 21,2% e outros são 2,0%.

Rejeição

Nas simulações de um enfrentamento em segundo turno, o ex-presidente Lula se daria melhor contra os cinco adversários pesquisados, sendo que Bolsonaro, com 28,5%, é o que chegaria mais perto dele, com 40,5% no cenário. O deputado do PSC superaria todos os nomes do PSDB, mas perderia para Marina Silva, que também se dá melhor contra os tucanos.

Abalado pela delação da JBS, que chegou a afastá-lo do mandato no Senado, Aécio Neves é o nome mais rejeitado entre todos os pesquisados, com 69,5% de pessoas que disseram que não votariam nele de jeito nenhum. Ciro Gomes (54,8%), Geraldo Alckmin (52,3%), Marina Silva (51,5%) e Lula (50,5%) também têm rejeição acima de 50%.

Apesar de também terem rejeição alta, ultrapassando 40% do eleitorado pesquisado, João Doria (42,9%) e Jair Bolsonaro (45,4%) são os que menos provocam reações negativas entre os pesquisados. O deputado conta com 45,4% de eleitores que não considerariam votar nele, ante 42,9% do prefeito paulistano. De acordo com a análise da CNT, o fato de Doria ter rejeição em patamar semelhante ao de outros possíveis candidatos é um sinal de que ele “passou a ser percebido como um político comum” pelos eleitores.

 



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