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Diário da Amazônia

Acir cobra fiscalização sobre preço do leite

Senador lembrou as várias audiências sobre o tema atendendo ao produtor rural.

Por Redação Diário da Amazônia
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Publicado: 07/11/2017 às 06h00min | Atualizado 07/11/2017 às 11h34min

No plenário, o senador Acir relatou as dificuldades dos produtores rondonienses

O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) cobrou ontem, no plenário, maior fiscalização do governo e órgãos de controle sobre o preço do leite praticado em Rondônia. O parlamentar relatou dificuldades dos produtores rondonienses em relação ao valor cobrado pelo leite. Ressaltou ser difícil explicar que, enquanto os consumidores pagam entre R$ 3 a R$ 5 pelo litro de leite, o preço para o produtor não passa de R$ 0,70.

Além das questões do mercado internacional, quando o aumento das importações de leite do Uruguai e da Argentina tem prejudicado a pecuária leiteira do Brasil, o senador também aponta um desequilíbrio na relação comercial entre o produtor e a indústria nacional. “A indústria está impondo um preço baixo para os produtores e cobrando um preço alto do consumidor”, avalia Acir.

O preço médio do leite no eixo da BR-429, principal bacia leiteira de Rondônia, que já foi de R$ 1, caiu para R$ 0,65. O valor pago pelos laticínios do Estado varia de R$ 0,60 a 0,80. No Paraná, o preço pago pelo litro de leite aos produtores varia de R$ 0,85 a R$ 1,25.

Por considerar que essa variação de preços não pode depender apenas do mercado, onde prevalece a força dos laticínios, o senador Acir disse que realizou, entre 2011 e 2012, diversas audiências públicas no âmbito do Senado e dos municípios das bacias leiteiras de Rondônia. “Conseguimos aprovar uma nova lei para regular o preço do leite, da qual fui relator no Senado, estabelecendo a obrigatoriedade das indústrias informarem até o dia 25 de cada mês o preço a ser pago aos produtores”, recordou Acir.

Para o senador, lei não está sendo cumprida porque não há fiscalização dos órgãos de controle. “Passado o período de impacto da aprovação desta lei, em 2013, e das audiências que realizamos para discutir o assunto e fortalecer a união dos produtores, novamente os laticínios estão impondo os preços a seus critérios, sem negociar com o Conseleite e sem informar a cada mês, de forma antecipada, o preço a ser pago, sendo que é necessário maior fiscalização do setor”, cobrou Gurgacz.



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