A programação foi aberta com uma caminhada pelas principais vias do município
Reconhecendo a necessidade de adotar medidas para a melhor qualidade de vida dos deficientes e seus familiares, instituições de ensino especializado e entidades de atendimento a pessoas com deficiência do País inteiro chamam atenção para as ações da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla iniciada no último dia 21 e que termina na sexta.
“Abrimos a programação com uma caminhada pelas ruas da cidade e as atividades se estendem com palestras ministradas por profissionais interdisciplinares em vários bairros”, explicou Nalzira de Fátima, diretora do Centro de Reabilitação Neurológica de Cacoal (Cernic).
Em Cacoal, simultaneamente acontece a Semana Municipal de Prevenção das Deficiências que foi instituída para esta mesma data da programação nacional através da Lei 786/97 e a diretora Nalzira explicou que por meio da mobilização do Cernic, os colaboradores, familiares, poder público e sociedade se unem para trabalhar em prol das pessoas com deficiência, planejando ações e estratégias de prevenção e redução dos casos de deficiência.
“Neste ano conseguimos atender os bairros São Marcos, Morada Digna e ainda levar palestras para escolas onde apresentam índices elevados de crianças com deficiência”, pontuou a enfermeira Elizete Rangel.
São problemas que precisam ser identificados desde cedo, em casa e que são descobertos nas escolas. De acordo com letróloga especialista em Educação Inclusiva, Michele Ayres, a orientação familiar ainda não é favorável aos deficientes.
“Em muitos casos as crianças são consideradas como ‘atentadas e sem modos’ e essas deficiências acabam sendo conhecidas na escola”, testemunhou. Michele acredita que o acompanhamento aos educadores também deve ser feito e afirmou faltar ainda capacitados profissionais em sala de aula para lidar com as diversas situações comumente decorrentes quando se trabalha com alunos deficientes.
“Devemos analisar caso a caso, dependendo dos tipos e do grau de comprometimento do aluno. Todos são capazes de realizar atividades em sala de aula e é importante que seja junto com os colegas”, pontuou.
Grande parte das escolas públicas brasileiras possuem a sala inclusiva, mas falta capacitação para trabalhar com esses alunos e na opinião da letróloga isso é ainda uma questão a ser revista no plano de educação.
“Com a sala cheia e sem estratégia para trabalhar com o aluno, dificulta. Dar atividade diferente para esses alunos, isso já faz parte do processo de exclusão”, comentou.
O grau de deficiência precisa ser estudado caso a caso
Atividades serão realizadas em escolas, instituições e bairros
Desde 1997, a data foi inserida no calendário oficial do município para chamar a atenção governamental e de toda população.
Este ano , em parceria com a professores, fisioterapeutas, enfermeira e psicóloga realizam atividades itinerantes nas escolas, instituições religiosas e alguns bairros provocando uma maior sensibilização e conscientização da sociedade. Conforme o cronograma que vem sendo executado, palestras com temas sobre o controle de doenças sexualmente transmissíveis, desenvolvimento infantil e estratégias pedagógicas para trabalhar com pessoas com deficiência.
Programação
Hoje às 14h na Escola Celso Ferreira da Cunha haverá palestra com as professoras do Cernic sobre as estratégias pedagógicas para trabalhar com pessoas com deficiência.
Quinta-feira tem palestra com a enfermeira Elizete Silva Lara Rangel sobre o controle de doenças sexualmente transmissíveis a partir das 8h no bairro Morada Digna e a programação encerra na sexta com um culto ecumênico na Igreja São Daniel Comboni às 19h30.
Por Estefânia Procópio
