Diante do problema decorrente da proliferação desenfreada do caramujo (que se renova no período chuvoso), a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) alerta sobre a transmissão de doenças, pelo molusco, que podem levar as pessoas infectadas à morte. De acordo com a médica veterinária Ana Nazaré Silva, coordenadora do Grupo de Vigilância em Saúde Ambiental da Agevisa, esse caracol pode transmitir ao ser humano o verme angiostrongylus costriacensis, que pode ocasionar graves problemas abdominais, causando perfurações intestinal, peritonite e hemorragia que, não sendo diagnosticada e tratada a tempo pode resultar na morte da pessoa infectada.
Segundo a coordenadora da vigilância, um outro tipo de verme também transmitido por esse animal é o angiostrongylus cantonensis, que pode causar a meningite eosinofílica, que afeta o sistema nervoso central com graves reações inflamatórias, que nos casos mais graves podem levar a óbito. Ana Nazaré Silva explicou que a situação da proliferação do caramujo-gigante-africano, por ser um problema de saúde pública, torna-se de responsabilidade de todos. “Além do trabalho e orientação e controle promovido pelos órgãos públicos, cabe à população fazer a sua parte”, disse. Ela acrescentou que a Agevisa vem fazendo o trabalho de orientação das comunidades por meio das administrações municipais, com orientações dirigidas para escolas, associações, unidades de saúde, e com o trabalho dos agentes de saúde que levam informações e métodos de controle deste animal para as famílias.
Com informações da Secom