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Diário da Amazônia

Agronegócio desafia a crise em Rondônia com investimentos

R$ 1,1 bilhão, em linhas de crédito para produtores rurais, empresas e empreendedores.

Por José Luiz Alves Diário da Amazônia
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Publicado: 04/06/2017 às 05h00min

Com o propósito de desafiar a crise econômica que vem abalando a estrutura e ferindo direitos adquiridos em muitos Estados no Brasil, o Banco da Amazônia, lançou em Rondônia com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte, o “Projeto Rota do FNO” disponibilizando R$ 1,1 bilhão, em linhas de crédito para produtores rurais, empresas e empreendedores de todos os portes.

O diretor Comercial e de Distribuição do Banco da Amazônia, Luiz Cláudio Teixeira Sampaio, acompanhado pelo superintendente regional, Wilson Evaristo e de outras autoridades lançou na quarta-feira (31), na Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), o projeto que tem como objetivo gerar o desenvolvimento econômico e social, dinamizando a geração de emprego e renda nas áreas urbanas e rurais.

Para Luiz Cláudio Teixeira Sampaio, em 2017, o Banco da Amazônia tem cerca de R$ 1 bilhão e 100 milhões destinados ao Estado de Rondônia, para aplicar no desenvolvimento da agricultura, da pecuária, no comércio, na indústria na agricultura familiar, sempre considerando a visão ambiental da região Norte. Promover, segundo ele, a concessão de crédito para melhorar a qualidade de vida.

Rondônia recebeu mais recursos na região norte em 2016

Abrindo um parêntese para mostrar a musculatura do agronegócio em Rondônia que de acordo com balanço final do Banco Central relativo ao ano de 2016, somente com recursos do Fundo Constitucional do Norte-FNO- foram disponibilizados para região Norte R$ 3,38 bilhões, contratando R$ 2,33 bilhões 69%.

A fatia ficou assim distribuída por Estado: Rondônia R$ 692 milhões. Pará, R$ 563,5 milhões. Tocantins, R$ 170,8 milhões. Acre, R$ 162,4 milhões. Amazonas, R$ 70,6 milhões. Roraima e Amapá R$ 31,6 milhões.

Tanto Luiz Cláudio Teixeira Sampaio, quanto Wilson Evaristo discursando para um público superior a 300 pessoas que lotou o auditório da Fiero entre empresários agricultores e pecuaristas, o estado de Rondônia na região Norte vem espantando a crise. Wilson Evaristo enfatizou que o governador Confúcio Moura conseguiu equilibrar as finanças do Estado, colocando Rondônia em uma posição privilegiada diante de outros Estados que estão na corda bamba com a crise que devagar começa a ceder.

Luiz Cláudio apresenta propostas do FNO para Rondônia

De Porto Velho a Vilhena não faltará recursos 

Levando propostas, a todos os segmentos produtivos mostrando que do custeio ao capital de giro o Banco da Amazônia, tem recursos para financiar, incluindo agricultura familiar, a Rota do FNO que teve seu começo em Porto Velho, seguiu para Ariquemes, Ji-Paraná, Rolim de Moura encerrando no próximo dia 8 em Vilhena. Em Rondônia, já fora, aplicado durante a 6ª Rondônia Rural Show recursos do FNO, segundo, Luiz Cláudio Teixeira Sampaio, R$ 240 milhões, o objetivo é de que estes recursos destinados para Rondônia não retornem para o Tesouro Nacional.

Em Rondônia, o Estado que tem a menor taxa de inadimplência da região do Norte, nos municípios polos serão realizadas palestras sobre as linhas de crédito, oportunidades para renegociação de dívidas e assinaturas de novos contratos de financiamentos, em um diálogo aberto com todos os interessados em obter créditos através do FNO. As palestras são dirigidas às associações rurais, sindicatos de classe, produtores rurais e pessoas interessadas sobre o acesso ao crédito e condições.

Renegociar as dívidas sem atropelos 

Os organizadores da Rota do FNO, em Rondônia estão aproveitando o evento para divulgar as oportunidades de renegociação de dívidas oferecidas pela Lei 13.340 que oferece descontos de até 85%, com carência até 2020 e juros de 0,5% a 3,5% e bônus de inadimplência. Wilson Evaristo ressalta que em “Rondônia, são 14.035 operações passíveis de renegociação ou liquidação”.

A direção do Banco da Amazônia pede aos produtores rurais, principalmente aqueles ligados a agricultura familiar que acessem os benefícios da Lei que permite o alongamento das dívidas, facilitando o pagamento dos financiamentos. Como a Lei tem vigor só até o final do ano de 2017, os interessados devem antecipar suas negociações evitando atropelos de última hora.

“Os bônus aplicados aos contratos, em caso de renegociação, variam de 5% a 85%”. Contudo, dependem dos valores contratados obedecendo a uma escala que vai de R$ 15 mil a R$ 500 mil. De uma maneira ou de outra, não deixa de ser uma boa oportunidade para o produtor rural, que por algum motivo não pode cumprir seu compromisso com a instituição restabeleça o seu crédito.



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