“Essa reação da magistratura no estado de Rondônia tem o sentido de manifestar não só apoio a juíza, como também tornar evidente para essas pessoas que praticaram o ataque, que eles conseguiram despertar na instituição um senso de necessidade de um posicionamento rigoroso e a necessidade de demonstrar que não adianta realizar ataques contra os magistrados porque a justiça jamais irá se acovardar”, foi o que declarou o vice-presidente da Ameron, desembargador Renato Martins Mimessi, em coletiva de imprensa realizada na manhã de ontem, 6, no Auditório do Tribunal de Justiça.
De acordo com a Ameron (Associação dos Magistrados de Rondônia), a manifestação partiu de toda magistratura de Rondônia em solidariedade ao incidente ocorrido com a juíza de Direito da Comarca de Pimenta Bueno, Keila Alessandra Roeder Rocha de Almeida.
Na ocasião se fizeram presentes vários magistrados representando a categoria, em um ato de manifesto contra ações que atentarem contra o Estado Democrático de Direito e impedir que o Judiciário mantenha conduta independente para prática das atividades judicantes. Os desembargadores do TJ RO, Eurico Montenegro Júnior (decano) e Renato Martins Mimessi (vice-presidente da Ameron) representaram as duas instituições ao ato.
Órgãos de Justiça repudiam ataque à Juíza de direito
Ainda na segunda-feira, 04, a Ameron, o Tribunal de Justiça de Rondônia e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), divulgaram notas de repúdio e apoio à juíza Keila Almeida. A Ameron em nota relatou que não só a juíza que sofreu com o atentado, mas a toda comunidade, que adotou imediatamente todas as providências, junto às instituições deste Estado responsáveis pela segurança pública, para apuração e punição exemplar dos responsáveis pelo ato abominável.
O Tribunal de Justiça, em nota, declarou que todas as medidas legais cabíveis serão tomadas por esta Corte para preservar a todos os agentes do Poder Judiciário de Rondônia, apurar as responsabilidades e punir os autores de tal conduta criminosa.
A AMB reiterou extrema preocupação com o ato criminoso e condenou qualquer ação de violência que possa atentar contra o Estado Democrático de Direito e o Poder Judiciário. Manifestou apoio à Ameron e se colocou à disposição para prestar toda e qualquer assistência necessária ao caso.
Segundo o desembargador Isaías Fonseca, da Comissão de Segurança do Tribunal de Justiça, o ato realizado pelos magistrados na manhã de ontem, tem o objetivo de mostrar a força do Poder Judiciário. “Não vamos nos acovardar diante dos fatos”, frisou. Ainda de acordo com o desembargador, a equipe de segurança do Tribunal de Justiça está acompanhando o caso, a juíza permanece em Pimenta Bueno, porém, com a segurança reforçada.
Mimessi afirma que a juíza vai continuar executando seu trabalho na Comarca e caso algum juiz sofra algum atentado e morra, outro virá e assumirá o cargo. “Nós vamos continuar lutando para que a justiça seja feita nesse Estado, não temos medo, pois estamos trabalhando por um bem maior e quando se ataca o Judiciário, ataca o Estado Democrático de Direito, a própria cidadania e a tranquilidade da população, contudo, não desistiremos da nossa missão”.
Por enquanto, não se sabe ao certo se o atentado foi contra a magistrada ou o marido que é promotor de Justiça, porém, as investigações estão avançadas. “Já existem pistas e suspeitos, no entanto, nada será divulgado sobre o que foi descoberto para garantir o sucesso das investigações”, concluiu Fonseca.
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