A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) pretende analisar até o fim do mês todos os processos das usinas do complexo hidrelétrico do Rio Madeira -Jirau e Santo Antônio.
“Vamos tentar resolver na reunião do dia 21. A ideia é resolver todo o bloco [de usinas] em conjunto”, afirmou o diretor da reguladora, André Pepitone.
Santo Antônio questiona custos extras que recaem sobre a empresa desde que passou a ser imposta a norma sobre tempo de disponibilidade das turbinas, além dos gastos (com multas e obrigações) pelos atrasos nas obras que a empresa diz ter relação com processos grevistas.
Com dívida bilionária, a usina de Santo Antônio vem buscando novos aportes dos acionistas para conseguir cobrir as despesas.
Nesta segunda-feira (6), a usina conseguiu pagar os R$ 266 milhões devidos à CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). O que só foi possível com ajuda da Odebrecht, principal sócia no empreendimento.
Também em 21 de outubro deve ocorrer uma nova assembléia de acionistas para tentar levantar R$ 1,59 bilhão. O montante deve cobrir prejuízos no mercado de curto prazo, com compra de energia, e as dívidas com o consórcio construtor.
No caso de Jirau, o pedido é para que a Aneel retire a responsabilidade da empresa sobre os atrasos na realização das obras, também devido ao processo grevista.
Atualmente, o atraso na obra de Santo Antônio contabiliza 63 dias, enquanto as obras de Jirau têm defasagem de 239 dias frente ao calendário da agência.