Cálculo dos valores foi feito pelo Operador Nacional Divulgação/Diário da Amazônia
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica negou recurso da Santo Antônio Energia contra a apuração do Fator de Indisponibilidade das unidades geradoras da hidrelétrica Santo Antônio (RO-3.568 MW) durante o período de motorização da usina. Mas decidiu reconhecer o expurgo de parte da indisponibilidade das máquinas resultante da cheia excepcional do rio Madeira no início do ano, que causou o rompimento do canal responsável pelo escoamento dos troncos de árvore pelo vertedouro. Isso retira do cálculo do FID 15 mil horas em que as máquinas da usinas ficaram fora de operação.
O cálculo dos valores a serem expurgados foi feito pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico, que chegou a um total de 18 mil horas. As 3 mil horas não reconhecidas pela agência na decisão desta terça-feira, 16 de dezembro, ainda podem ser reavaliadas pela Aneel. A diretoria determinou ao ONS que analise a possibilidade de reconhecer custos adicionais referentes ao rompimento do log boom (equipamento responsável pela coleta de troncos e galhos), limitados ao período até 21 de outubro para as casas de força 1 e 2 e a 10 de novembro desse ano, para a casa de força 3.
O processo da Santo Antônio envolve a discussão conceitual sobre a apuração pela agência reguladora do período em que as máquinas de Santo Antônio devem ficar disponíveis para operação. O contrato de concessão da usina definiu que cada unidade geradora deve estar pronta para produzir energia em 99,5% do tempo, índice questionado pela Saesa, com o argumento de que o FID só deveria ser calculado quando todas as 50 máquinas estiverem em operação comercial.
Com 3.568 MW de capacidade instalada distribuída em 50 unidades geradoras, o empreendimento tem 32 máquinas já instaladas. A previsão de entrada da última unidade geradora é para o final de 2016.
