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RONDÔNIA

Apaixonado por música progride com artes marciais

Nos últimos anos, as artes marciais têm ganhado cada vez mais adeptos no Brasil e agregam muito valor às academias. Com a febre do..

Por Portal SGC
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Publicado: 10/10/2014 às 12h45min | Atualizado 17/11/2018 às 23h53min

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Em menos de dois anos, o número de alunos pulou de doze para cento e dez

Músico nas horas vagas, Billy Lima lutou firme para realizar o sonho de abrir seu próprio negócio

Músico nas horas vagas, Billy Lima lutou firme para realizar o sonho de abrir seu próprio negócio

Nos últimos anos, as artes marciais têm ganhado cada vez mais adeptos no Brasil e agregam muito valor às academias. Com a febre do Ultimate Fighting Championship (UFC) – maior organização de artes marciais mistas do mundo, o segmento virou um negócio lucrativo. E agora que os brasileiros estão mais preocupados com a saúde e em busca de um corpo perfeito, uma opção é a prática de exercícios físicos, surgindo assim uma nova forma de investimento com ganhos certos. Um levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), aponta que quase 5 mil academias foram abertas nos últimos três anos, um crescimento de 29%.

Apaixonado por música, o professor de Muay Thai, Billy Lima, que atua na área há mais de 26 anos, viu nas artes marciais a oportunidade que precisava para alavancar de vez sua vida. “Com o sucesso do UFC, as academias em que eu dava aula, estavam com todas as turmas cheias. Foi quando eu percebi que já estava na hora de montar minha própria academia, eu sabia que era o momento certo. O único problema era a falta de capital necessário. Eu precisava de no mínimo R$ 40 mil para começar. Além das aulas, eu tocava em alguns bares e eventos e todo o dinheiro que entrava eu já guardava”, diz Lima.

Apoio dos amigos e alunos 

Ele lembra que quando comentava com seus alunos que estava correndo atrás de dinheiro para investir em uma academia, recebia muito apoio. “Eu já dei aula em várias academias, e com o meu caráter conquistei muitos alunos e grandes amigos. Quando eu disse que ia abrir minha academia, todos me apoiaram. Doze desses alunos, pagaram um pacote anual de R$ 500,00. Com esse valor eu consegui alugar o local e começar a reforma. Eu contei também com o apoio de uma grande amiga, a empresária Margarete do Peg Pag. Ele me deu a quantia necessária para comprar o tatame, um dos assessórios mais caros”, conta Lima.

Billy conta que mesmo com a ajuda de muitos amigos, recorreu aos bancos para conseguir empréstimos e que mesmo assim a grana continuava curta, uma vez que nunca conseguia o valor que precisava. “Abrir um negócio não é tão simples assim, demorei um ano para poder inaugurar a Octaron Team. Só que mesmo durante o período de reforma eu estava dando aula. Eu precisava honrar meu compromisso com os alunos”, expõe.

 

Planejamento e organização

O professor afirma que para montar uma academia de lutas é necessário planejamento e organização. “Saber lutar e dar aula é uma coisa, agora saber administrar um empreendimento é totalmente diferente. Eu procurei o Sebrae para saber o que eu precisava fazer para me tornar um empresário e com algumas dicas da instituição consegui um bom resultado. Hoje eu me considero um vencedor, com muita garra e trabalho consegui progredir, hoje eu tenho uma academia e conhecimento”, enfatiza.

Billy recorda com orgulho, que pelo tatame da Octaron Team, já passaram grandes nomes, como o ex-campeão mundial de Muay Thai, Eduardo Maiorino (in memorian), o renomado treinador de Muay Thai, Francisco Veras, que já foi treinador do Anderson Silva e do Vitor Belfort e o Rogério Minotouro. “Com a minha academia eu busco fortalecer cada vez mais as artes marciais no Estado de Rondônia. Eu espero alcançar um público alfa em termos de entretenimento e esporte. Já tive a oportunidade de promover vários eventos e todos sempre ficam lotados”, aponta.

 

Alunos com vaga garantida

Na oportunidade, o professor destaca a realização do Campeonato Profissional de Muay Thai, que acontecerá no dia 01 de novembro. “Será a primeira seletiva para o Campeonato Brasileiro de Muay Thai, da Confederação Brasileira de Muay Thai (CBMT). Os melhores terão uma vaga garantida no campeonato nacional”, explica Billy.

Hoje com cento e dez alunos matriculados, o professor de Muay Thai, Billy Lima comemora o sucesso de seu empreendimento, mas lamenta a falta de apoio dos governantes. “Mesmo com o boom das artes marciais, os políticos que poderiam apoiar e incentivar os atletas não fazem nada. Temos muitos guerreiros no nosso Estado”, finaliza Lima.

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