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Diário da Amazônia

Até que a noite vire dia, oito dias sem o Mourão

Os abadás já estão à disposição dos foliões.

Por Sílvio Santos Diário da Amazônia
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Publicado: 20/01/2018 às 06h50min

Benjamin Mourão da Silva foi verdadeiro baluarte do segmento cultural carnaval (Foto: Ana Célia)

Sábado passado, dia 13, aconteceu no cemitério dos Inocentes em Porto Velho, o sepultamento do baluarte da cultura popular no segmento carnaval, Benjamim Mourão.

Mourão desembarcou em Porto Velho no ano de 1979, como desenhista do Instituto Nacional de Colonização e Reforma agraria – Incra e foi trabalhar no interior do Estado. Após alguns anos, fixou residência em Porto Velho e passou a se envolver no movimento carnavalesco, primeiramente no Galo da Meia-Noite bloco do qual era presidente quando morreu. Foi um dos criadores da Unibloco e chegou a ser seu presidente, mesmo com a ‘parada’ da entidade, jamais deixou de colaborar com os blocos que se apresentam no carnaval de Porto Velho. “Para o Mourão não tinha tempo ruim quando o assunto era lutar pelos blocos de rua”, lembra o advogado Segismundo.

Depois de passar a participar da diretoria do Galo da Meia-Noite criou em parceria com amigos do bairro Mocambo, o bloco ‘Até Que a Noite Vire Dia’, e fez algumas marchinhas que passaram a ser executadas durante o desfile do bloco em todos os carnavais.

Mourão, cujo nome de batismo é Benjamin Mourão da Silva Júnior, até dias antes de seu falecimento, lutou para que o bloco do Galo da Meia-Noite não ficasse fora do carnaval deste ano, infelizmente não conseguiu.

Ontem, a igreja de Nossa Senhora de Fátima, com certeza, ficou repleta de amigos e carnavalescos, que foram assistir a missa de sétimo dia de falecimento do Mourão.

Ensaio

A direção do bloco ‘Até Que a Noite Vire Dia’, atendendo “ordem” do Mourão, logo após a missa rezada às 19h, na igreja de Nossa Senhora de Fátima no bairro Areal, realizou na praça São José do bairro Mocambo mais um ensaio, visando o desfile do próximo dia 2 de fevereiro. “É verdade, ele disse antes de morrer, que o bloco não poderia parar suas atividades, afinal de contas, disse ele, sou ou não carnavalesco”, informou sua esposa Francisca Araújo, a Chica.

Os abadás já estão à disposição dos foliões. A direção do bloco informa que a venda é no carnê e que os primeiros 500 compradores ganham um copo de brinde.



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