O autor do crime estava preso desde fevereiro
Um dos casos de homicídio de maior repercussão em Vilhena, envolvendo o lavador de carros Kennedy Gomes da Silva, à época com 19 anos, e o adolescente Matheus Rezende, 17, voltou a ganhar notoriedade nessa semana em Vilhena. Menos de três meses após ser julgado, Kennedy, autor do primeiro homicídio do ano, conseguiu progressão de regime, ou seja, passando para o semiaberto, quando o detendo passa o dia na rua e volta para dormir na unidade prisional. A decisão da justiça causou revolta em amigos e familiares de Matheus, que morreu na mesa de cirurgia do Hospital Regional horas depois da confusão.
Pessoas que conheciam a vítima enfestaram as redes sociais demonstrando insatisfação em decorrência do benefício concedido ao autor do crime. A maioria acredita que a justiça não foi feita, e o tempo que Kennedy passou preso no regime fechado (ele se entregou no dia 23 de fevereiro e aguardava julgamento no Centro de Ressocialização Cone Sul desde então) também não foi suficiente. O autor do crime foi julgado no dia 17 de agosto, e a defesa trabalhou com a tese de legítima defesa, o que não foi aceito pelos jurados.
O advogado de defesa de Kennedy, Rodrigo Ferreira Batista confirmou à época do julgamento que recorreria da sentença desfavorável ao seu cliente. A apelação feita pelo causídico foi baseada sob a dosimetria da pena, que o cálculo para determinar o tempo que o réu irá cumprir de prisão, fato que rendeu a Kennedy a progressão de regime. O homicídio aconteceu na madrugada do dia 1º de janeiro deste ano na praça Nossa Senhora Aparecida, onde acontecia a festa de réveillon custeada pela prefeitura de Vilhena.
A briga que resultou na morte de Matheus aconteceu por volta das 5h. A vítima foi assassinada com golpes de canivete nas costas.
