O Banco Central fará o que for necessário para que a inflação caia em 2015 e chegue ao centro da meta, de 4,5%, em 2016. Foi o que afirmou o presidente da instituição financeira, Alexandre Tombini, por meio de nota para comentar a inflação fechada do ano. Segundo Tomboni, a inflação tende a mostrar resistência no curto prazo.
Antes da manifestação do presidente do BC, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) havia informado que a inflação oficial do País, medida pela variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), encerrou 2014 em 6,41%. Em 2013, havia ficado em 5,91%. Já em dezembro, produtos e serviços subiram em média 0,78%.
De acordo com Tombini, o patamar do IPCA reflete dois processos de ajuste de preços na economia brasileira: o dos preços domésticos em relação aos internacionais e o dos administrados em relação aos livres. Desde outubro de 2014, o BC vem elevando a Selic (taxa básica de juros na economia) para segurar a pressão inflacionária. Para este ano, o mercado espera mais ajustes. Na última reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a taxa em 0,5 ponto percentual, para 11,75% ao ano. Com isso, a Selic atingiu o maior patamar desde 2011.