Dentro de aproximadamente 20 dias será concluído o trabalho de instalação das lonas sobre as barracas que servem de alojamento aos desabrigados da enchente do rio Madeira, no Parque de Exposições. O objetivo das lonas é a redução do calor nas tendas.
A medida é resultado da audiência de conciliação entre os órgãos que integram o sistema de Justiça (DPE-RO, DPU, OAB, MP-RO, MPF) e o Estado, intermediada pelo juiz Danilo Augusto kenthack Paccini, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Porto Velho, ocorrida em 16 de maio.
O acordo inclui ainda a instalação de exautores nas barracas, o que deve ocorrer após a conclusão da obra dos “sombrites”, segundo afirmou a Defesa Civil ao defensor público Marcus Edson de Lima, que vem acompanhando a realização do trabalho.
São 142 famílias (450 pessoas) no abrigo. Elas serão contempladas com até 50% das casas populares que estão sendo construídas pelo Estado no bairro Mariana, na zona Leste da Capital, no condomínio intitulado “Orgulho do Madeira”.
São 4 mil unidades – duas mil ficarão prontas em agosto e outras duas mil em novembro. Essas moradias beneficiarão apenas os atingidos pela cheia do Madeira que residem na área urbana da cidade de Porto Velho.
O defensor público informou que no próximo dia 10, às 10h, haverá reunião na Defesa Civil do Estado com todos os entes envolvidos de alguma forma com a questão do condomínio Orgulho do Madeira – Caixa Econômica, cartório, secretarias de ação social construtora e os representantes dos órgãos que integram o sistema de Justiça – para que seja definido o prazo de entrega das chaves.
O cadastro dos desabrigados, que está sendo feito na Emater, encontra-se em fase de conclusão. O técnico da Secretaria de Estado de Ação Social (Seas), Antônio Sena da Silva, afirmou que o cadastro não é garantia de que o possível desabrigado receberá a casa/apartamento. O técnico esclareceu que será feito uma análise minuciosa desses fichários para evitar que pessoas que não tenham sido prejudicadas pela enchente sejam beneficiadas. (AI)